PUBLICIDADE

É hora de investir no País, dizem chineses

Por André Ítalo Rocha
Atualização:

A presidente do Grupo de Líderes Empresariais (Lide China) e do Centro de Intercâmbio Econômico e Comercial Brasil-China, Mônica Fang, afirmou ontem que, desde que chegou ao Brasil, há 28 anos, este é o momento mais propício para investir no País. "A economia não está em alta, isso traz uma oportunidade de negócios", disse a executiva. "O Brasil é um país muito jovem e tem um espaço de desenvolvimento de mercado muito grande", acrescentou.Segundo Mônica, o governo brasileiro tem apresentado vários projetos para atrair investimentos chineses. "O governo está descobrindo as potências do mercado e, ao mesmo tempo, convidando empresas chinesas para investir no Brasil, para o mercado ser mais ativo."Por sua vez, o presidente da filial do Bank of China no Brasil, Zhang Guang Hua, reconheceu que tanto a China quanto o Brasil passam por dificuldades econômicas, mas que isso não deverá atrapalhar o investimento de empresas chinesas no Brasil. "A cooperação econômica entre os dois países está cada vez mais profunda", disse, em evento realizado em São Paulo pelo Lide China e o Clube de Empresários Chineses (BCEC).Zhang lembrou que, no ano passado, as relações comerciais entre Brasil e China atingiram US$ 36 bilhões. "Comparando com o início do século, esse número é 23 vezes maior. Para o futuro, o potencial é muito maior", afirmou. "No longo prazo, estou bastante confiança nas relações da China com o Brasil."Na avaliação de Zhang, a crise brasileira deverá durar cerca de dois anos, mas, ao analisar a conjuntura do País, diz que é preciso levar em consideração que a dívida pública segue em uma faixa segura e as reservas em moeda estrangeira estão em níveis "relativamente altos". "O Brasil tem um bom poder de pagamento e um sistema financeiro que funciona de maneira estável. Não há motivos para ser tão pessimista com o Brasil", disse.Presente ao evento, o secretário adjunto de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Carlos Lampert, afirmou que a desaceleração da economia da China não preocupa o governo no que se refere à atração de investimentos chineses para o Brasil. "Quando se fala em desaceleração da China, você está falando de um patamar muito alto que está passando para um patamar ainda alto."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.