27 de novembro de 2012 | 10h38
Cortes orçamentários são o centro da estratégia da zona do euro para superar a crise da dívida pública de três anos, mas desde que o bloco caiu novamente em recessão este ano, as autoridades estão começando a questionar a sabedoria de tal redução agressiva de déficit.
Contra um cenário de desemprego recorde e greves pela Europa neste mês, a OCDE afirmou em relatório que os cortes de gastos simultâneos em quase todos os países da zona do euro pioraram a crise.
O órgão pede agora que aqueles países que tenham capacidade, como a Alemanha, estejam preparados para aumentar os gastos para ajudar o crescimento.
"Nós reconhecemos que uma das causas da desaceleração é o aperto fiscal", afirmou à Reuters o economista-chefe da OCDE, Pier Carlo Padoan.
"Se a situação se deteriorar ainda mais, esses países com espaço fiscal devem usá-lo, possivelmente acrescentando algum estímulo ou mais afrouxamento discricionário se necessário", disse ele, destacando a Alemanha na zona do euro e a China.
(Reportagem de Robin Emmott; reportagem adicional de Leigh Thomas em Paris)
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