15 de setembro de 2013 | 02h22
"O volume de concurseiros é enorme. Sai um novo edital e eles correm em busca de ajuda", revela a coach especialista em concurso Laura Ribeiro. Para ela, o problema dos candidatos é o alto grau de ansiedade.
"Em Brasília, as pessoas respiram concurso público. O atrativo é a estabilidade e a certeza de dinheiro no final do mês", diz Laura. Ela ressalta que é preciso reconhecer que não há certeza de passar e estar preparado.
A coach aconselha que antes de encarar um concurso é preciso entender qual o órgão, a linguagem, o que conhece daquela área, pois muitas pessoas estão alinhadas com a carreira pública e outros não. "Não dá para se guiar apenas pelo salário, é preciso saber qual a função e as possibilidades de desenvolvimento para não se frustrar depois."
O psicólogo clínico, orientador de estudantes e concurseiros Fernando Elias José concorda. "Sem dúvida nenhuma, muitos acreditam que o concurso público é a tábua de salvação: estabilidade e dinheiro. Eles não ponderam a possibilidade de não passar ou de chegar lá e não se identificar. Muitas respostas serão dadas somente ao assumir o cargo", diz.
Segundo ele, seu trabalho é ajudar nos objetivos, identificar o que esperam da carreira e como lidar com o "branco" na hora da prova e com a frustração de não ser aprovado.
José também alerta para o fato de deixar a vida de lado e passar anos dedicado a um concurso público. "É preciso ter pé no chão e buscar equilíbrio, ter um ritmo de estudo aceitável, avaliar a alimentação, o sono, os exercícios."
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