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Economia brasileira já iniciou recuperação, diz OCDE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em seu estudo semestral "Perspectiva Econômica", divulgado hoje, afirma que a economia brasileira já está em processo de recuperação. Segundo o organismo, que reúne os trinta países mais desenvolvidos do mundo, o PIB brasileiro vai crescer 3,3% neste ano e 3,5% em 2005. O estudo da OCDE foi elaborado antes da volatilidade que vem atingindo os mercados brasileiros nos últimos dias. Mas o economista responsável pelo Brasil da OCDE, Luiz de Mello, observa que esses últimos eventos não afetam a avaliação sobre o país incluída no estudo. "Há sim um risco do impacto da alta dos juros nos Estados Unidos, mas a nossa avaliação qualitativa sobre o Brasil não muda, os fundamentos do País melhoraram", disse Mello à Agência Estado. "Achamos que está havendo um pânico exagerado com os juros nos Estados Unidos e isso será superado." Segundo a OCDE, os indicadores da economia brasileira, incluindo os referentes às vendas de varejo e índice de confiança entre o empresariado "confirmam que a recuperação está a caminho". Além disso, a elevação dos preços das commodities ajudaram a elevar a produção agrícola. A criação de empregos ganhou força no setor formal e o desemprego caiu gradualmente no segundo semestre. O balanço da conta corrente registrou um uma amplo superávit ancorado por uma performance positiva inédita nas exportações. Segundo a OCDE, o crescimento das exportações foi facilitado pela recuperação mundial, aliado aos preços das commodities mais elevados e maior penetração de mercado dos produtos brasileiros. "A queda inflacionária desde meados de 2003, alicerçada na estabilização dos mercados cambiais e na moderação nos reajustes salariais, abriu caminho para um relxamento monetário gradual.", disse a OCDE. O estudo lembra que os juros cairam em mais de 1000 ponts base desde maio de 2003. A OCDE observa também que os prêmios de risco cairam para seu nível mais baixo desde 1997 (embora após da conclusão do estudo o risco tenha se elevado substancialmente.

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