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Economia britânica encolhe menos que o estimado no 2o tri

Por SVEN EGENTER E PETER GRIFFITHS
Atualização:

A economia britânica encolheu menos do que o estimado anteriormente no segundo trimestre, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, dando uma base um pouco melhor para a esperada recuperação modesta nos próximos meses. Entretanto, os dados do Escritório Nacional de Estatísticas também mostraram que a posição comercial da Grã-Bretanha com o resto do mundo piorou de forma aguda, com maior déficit em conta corrente já registrado. O Produto Interno Bruto (PIB) britânico caiu 0,4 por cento nos três meses entre abril e junho na comparação com o trimestre anterior. Ante o segundo trimestre de 2011, houve queda de 0,5 por cento. Economistas esperavam que as duas taxas se mantivessem sem revisão, mostrando uma queda de 0,5 por cento em ambas as comparações. A economia britânica entrou em recessão no último trimestre de 2011 com a crise da zona do euro e as medidas de austeridade do governo pesando sobre a produção. Apesar da ligeira revisão para cima, o banco central deve ampliar suas compras de ativos (quantitative easing, QE) quando a atual rodada de 50 bilhões de libras acabar, em novembro. "O Banco da Inglaterra (banco central) está menos otimista sobre um retorno a uma tendência positiva de crescimento de qualquer tamanho no segundo semestre deste ano", disse o economista do Société Générale Brian Hilliard. "Acho que eles ainda estão no caminho para expandir o QE em 50 bilhões em novembro." Uma forte queda de 3 por cento na construção continuou sendo o maior peso sobre a economia no segundo trimestre, embora a produção industrial também tenha recuado 0,8 por cento e os serviços tenham encolhido 0,1 por cento. A crise na zona do euro --maior mercado de exportação da Grã-Bretanha-- afetou as exportações e a confiança empresarial. Os dados sobre a conta corrente no segundo trimestre mostram que o déficit britânico com o resto do mundo saltou para uma máxima recorde de 20,8 bilhões de libras, ou 5,4 por cento do PIB, bem acima mesmo da estimativa mais pessimista. (Reportagem adicional de Olesya Dmitracova, David Milliken e Huw Jones)

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