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Economia deve seguir fraca no 2º trimestre, diz analista

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Por Beatriz Bulla
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Os dados relativos ao setor de serviços, divulgados nesta terça-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reforçam a expectativa de que a atividade econômica no segundo trimestre seja "bastante fraca". Entre os fatores que contribuem para esta situação está a atuação do Banco Central. "Parte dos ajustes esperados para 2015 já está acontecendo agora por meio da política monetária. O BC se mostrou assertivo", avalia o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito."O dado de Serviços é mais um que corrobora a expectativa de segundo trimestre fraco", avalia Perfeito, que continua: "E o varejo brasileiro se mostrou menos pulsante, um resultado da política monetária que tem sido implementada". Ele lembra que o varejo tem "grande sensibilidade" à atuação do Banco Central devido ao crédito disponível.O economista destaca a desaceleração na receita bruta do setor de serviços, quando comparado o mês com igual período do ano anterior. Em abril, a alta da receita bruta foi de 6,2% ante abril de 2013. No mês de março, a alta havia sido de 6,8%, também na comparação interanual e, em fevereiro, de 10,1%.Os fatores, somados à baixa confiança dos empresários e dos consumidores, fazem com que a projeção para o segundo trimestre seja de estabilidade (crescimento zero). "Pode vir talvez levemente negativo, mas nada muito fora do lugar", complementa.O segundo semestre, no entanto, deve mostrar alguma recuperação a despeito dos efeitos da atuação do BC. Isso porque, de acordo com o economista, o País não terá feriados como no primeiro semestre do ano - que conta inclusive com as pausas em dias de jogos da seleção na Copa do Mundo. A previsão do economista-chefe da Gradual para o Produto Interno Bruto (PIB) do ano fica em torno de 1,4%.

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