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Economia do governo central ultrapassa metade da meta

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Por Eduardo Rodrigues
Atualização:

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, avaliou hoje que o superávit primário de R$ 45,453 bilhões acumulado pelo governo central (Tesouro, Previdência Social e Banco Central) até maio deste ano é "absolutamente eloquente", e já ultrapassa a metade da meta para todo o ano, de R$ 81 bilhões. "Achamos que é a consolidação de uma previsão fiscal bastante favorável em 2011", acrescentou.Segundo Augustin, o desempenho nos cinco primeiros meses de 2011 foi o segundo melhor da série histórica, só perdendo para o resultado de 2008, quando o superávit primário do governo central chegou a R$ 53 bilhões no acumulado até maio. "A tendência é de um ano que se aproxima de 2008, quando o governo fez uma economia superior à meta, e depositou o excedente no Fundo Soberano", afirmou o secretário.Augustin destacou o superávit primário de R$ 4,118 bilhões em maio, mês que tradicionalmente apresenta resultados baixos ou negativos. No ano passado, por exemplo, maio registrou déficit primário de R$ 505 milhões. O superávit primário é a economia do governo central para o pagamento dos juros da dívida pública.InvestimentosApesar da quinta queda consecutiva no ritmo de expansão dos investimentos totais em maio, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, negou que o governo esteja segurando os investimentos para fazer superávit primário. No acumulado até maio, houve crescimento de apenas 1% em relação ao mesmo período do ano passado, mas essa comparação mostrava uma expansão de 85% em janeiro, caindo mês a mês para 25% até fevereiro, 9% até março e 5% até abril. "Não há contenção dos investimentos para se fazer primário. O que ocorre são questões de calendário", argumentou Augustin. Segundo ele, a base de comparação é muito alta, porque o governo foi obrigado a realizar mais investimentos no primeiro semestre do ano passado, devido às eleições no período seguinte. Até maio de 2010, os investimentos cresciam 70% em relação ao mesmo período de 2009.Por isso, acrescentou o secretário, o ritmo de expansão dos investimentos do governo deve se acelerar no segundo semestre, mesmo porque a base de comparação será bastante inferior. "O ritmo ainda é menor do que o que esperamos para o ano, mas não estamos falando de um investimento pequeno. Nós vamos fechar o ano com crescimento do investimento acima do PIB (Produto Interno Bruto) nominal, e com a expansão das despesas abaixo."Augustin destacou ainda que os pagamentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) continuam crescendo, e já acumulam expansão de 37% até maio, na comparação com o mesmo período de 2010.

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