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Economia do governo para pagar juros cai pela metade

Superávit primário até julho soma R$ 38,4 bilhões, o equivalente a 2,25% do PIB, anuncia o Banco Central

Por Fernando Nakagawa , Fabio Graner e da Agência Estado
Atualização:

No acumulado de janeiro a julho, o superávit primário do setor público consolidado - a economia feita pelo governo para pagar juros da dívida - somou R$ 38,435 bilhões, o equivalente a 2,25% do PIB, menos da metade do registrado em igual período de 2008, quando o esforço fiscal foi de R$ 92,770 bilhões, o correspondente a 5,63% do PIB.

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O que o governo economizou não foi suficiente para pagar os juros da dívida. Com isso, o déficit nominal em julho subiu para R$ 12 bilhões. Em julho de 2008, o saldo negativo foi de R$ 7,883 bilhões. Segundo os dados do Banco Central, a maior contribuição para o déficit nominal foi do governo central, que respondeu por R$ 13,125 bilhões. Uma pequena fração desse déficit foi compensada pelo superávit nominal das empresas estatais, de R$ 207 milhões em julho. 

 

O superávit primário é o resultado da arrecadação do governo menos os gastos com as autarquias municipais, estaduais, federal e as empresas estatais. Neste cálculo, não é levado em conta o pagamento de juros da dívida.

 

Ainda de acordo com o BC, o superávit primário de janeiro a julho somou R$ 22,640 bilhões no governo central (1,32% do PIB); R$ 16,117 bilhões nos governos regionais (0,94% do PIB) e déficit de R$ 323 milhões nas estatais (0,02% do PIB). Segundo o Banco Central, nos primeiros sete meses do ano, as estatais federais acumularam déficit primário de R$ 2,205 bilhões (0,13% do PIB). No acumulado em 12 meses até julho deste ano, o superávit primário do setor público acumula R$ 52,085 bilhões, correspondente a 1,76% do PIB. Nesse período, a contribuição do governo central foi de R$ 25,497 bilhões (0,86% do PIB); os governos regionais apresentaram resultado primário positivo de R$ 24, 629 bilhões (0,83% do PIB) e as estatais contribuíram com R$ 1,960 bilhão (0,07%), sendo que as empresas federais tiveram déficit de R$ 905 milhões.

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