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Economia dos EUA começa a se firmar, diz Greenspan

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Federal Reserve, Alan Greenspan, afirmou que a atividade econômica está "começando a se firmar" nos EUA. Falando via satélite a uma conferência de banqueiros em Honolulu (Havaí), Greenspan focalizou os desafios que estarão diante dos formuladores de políticas quando os "baby boomers", a geração nascida entre o fim da Segunda Guerra Mundial e meados dos anos 60, chegarem à idade de aposentar-se. "Temos visto sinais crescentes de que algumas das forças que prejudicaram a economia no ano passado estão começando a diminuir, e que a atividade está começando a se firmar", disse o presidente do Fed. Para ele, um dos riscos de longo prazo para a economia norte-americana é o grande número de pessoas que chegarão à idade de aposentar-se nas próximas décadas. "Essa população cada vez maior terá que ser alimentada, vestida, abrigada e provida de serviços por uma força de trabalho que estará crescendo muito menos rapidamente", disse Greenspan. "Como é quase certo que haverá um crescimento forte na relação aposentados por trabalhador nas próximas décadas, nós estamos agora diante da necessidade premente de estabelecer políticas para lidar com o crescimento da produtividade, que serão necessárias, caso nós queiramos vencer o desafio demográfico", acrescentou. Greenspan disse que outro risco é apresentado pelo crescente déficit em conta corrente norte-americano, que totalizou US$ 95 bilhões no terceiro trimestre de 2001 e deverá alcançar US$ 106 bilhões no quarto trimestre. Para o presidente do Fed, países que têm déficits tão grandes "invariavelmente enfrentam problemas, e isso deverá acontecer conosco. Eventualmente, o déficit em conta corrente terá que ser contido. O potencial econômico do país será mais brilhante se isso acontecer por meio de um aumento da poupança doméstica, e não através de uma redução dos investimentos", acrescentou. As informações são da Dow Jones.

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