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Economia dos EUA pesa e Bovespa fecha no vermelho

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

Novas mostras de fraqueza da economia dos Estados Unidos devolveram o pessimismo aos mercados internacionais, movimento seguido pela Bolsa de Valores de São Paulo, que fechou julho com a segunda queda mensal de peso em 2008. Numa sessão volátil, o clima de cautela prevaleceu e levou o Ibovespa para uma queda de 0,82 por cento, aos 59.505 pontos. O giro financeiro na bolsa foi de 5,33 bilhões de reais. A ponta vendedora, que perdeu fôlego nas últimas duas sessões, voltou com força diante da divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do segundo trimestre cresceu menos que o previsto, reavivando temores de recessão. O índice Dow Jones caiu 1,78 por cento. A queda só não foi maior devido a uma nova baixa nas cotações do petróleo, que produziu alívio momentâneo quanto a novas pressões inflacionárias. Na Bovespa, esse pano de fundo foi um convite à realização de lucros, especialmente com ações de commodities, as de maior peso no índice e que vinham de três dias seguidos de recuperação. Para profissionais do mercado, o acúmulo de notícias sobre os efeitos da crise de crédito nos EUA e a continuidade do ciclo de elevação do juro doméstico devem fazer a Bovespa enfrentar mais meses difíceis. Desde que alcançou a máxima de 73.516 pontos, semanas depois de o Brasil conquistar o grau de investimento pela Standard & Poor's, o Ibovespa já acumula queda de 19 por cento. Grande parte dessa queda foi motivada pela saída líquida de recursos externos, que já supera 14 bilhões de reais apenas entre junho e julho. "Não adianta nada ter investment grade se o que o investidor está precisando neste instante é de liquidez", disse Francisco de Lima Gonçalves, economista-sênior do Banco Fator. DESTAQUES As ações preferenciais da Vale caíram 1,8 por cento nesta sessão, para 40,85 reais. As preferenciais da Petrobras cederam 1,6 por cento, a 35,90 reais. No âmbito corporativo doméstico, o foco manteve-se na divulgação de resultados trimestrais. E foi a combinação de resultados e expectativas positivas que protegeram o índice de uma queda ainda mais acentuada. As ações preferenciais da Vivo subiram 2 por cento, para 9,02 reais, mesmo depois de terem disparado mais de 8 por cento na véspera. O Morgan Stanley divulgou relatório reforçando a recomendação de compra para as ações da companhia. As preferenciais da Oi fecharam em alta de 2,7 por cento, a 37,20 reais, antes de a holding apresentar resultados menores que em 2007.

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