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Economia dos EUA tem contração de 2,9% no 1º tri

A economia dos Estados Unidos contraiu no primeiro trimestre a um ritmo muito mais agudo do que estimado anteriormente e registrou o pior desempenho em cinco anos, mas existem indícios de que o crescimento se recuperou de maneira forte desde então. O Departamento do Comércio informou nesta quarta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) encolheu a uma taxa anual de 2,9 por cento, em vez da taxa de 1,0 por cento divulgada mês passado. Economistas esperavam que a revisão dos dados mostrasse contração de 1,7 por cento. Embora as dificuldades da economia tenham sido atribuídas em grande parte a um inverno atipicamente frio, a magnitude das revisões sugerem outros fatores além do clima. O dado foi revisado agora para baixo em um total de 3 pontos percentuais desde que o governo publicou sua primeira estimativa em abril, que mostrava a economia crescendo a uma taxa de 0,1 por cento. A diferença entre a segunda e a terceira estimativas foi a maior já registrada desde 1976, disse o Departamento do Comércio. Revisões dos números de PIB não são incomuns pois o governo não tem dados completos quando faz suas projeções inicial e preliminar. As ações norte-americanas chegaram a cair no início do pregão após a divulgação dos dados, mas depois encontraram forças para subir. O dólar caía frente a uma cesta de moedas. As mais recentes revisões refletem um ritmo mais fraco de gastos em saúde do que se presumia anteriormente, o que causou uma redução na estimativa de gastos de consumidores. O comércio também pesou mais sobre a economia do que se pensava antes.

Por LUCIA MUTIKANI
Atualização:

CRESCIMENTO

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A economia cresceu a uma taxa de 2,6 por cento nos últimos três meses de 2013. Dados como emprego, atividade industrial e do setor de serviços apontam para forte aceleração do crescimento no início do segundo trimestre.

No entanto, o ritmo de crescimento pode ficar aquém das expectativas, que chegam a até 3,6 por cento.

Em um segundo relatório, o departamento disse que as encomendas de bens duráveis nos EUA caíram 1 por cento no mês passado.

Os pedidos desses itens, que vão de torradeiras a aeronaves e duram três anos ou mais, recuaram pela primeira vez em três meses.

Pesou a fraqueza na demanda por produtos de transportes, maquinário, computadores e eletrônicos, equipamentos elétricos, eletrodomésticos e componentes, assim como um recuo de 31,4 por cento nas encomendas de bens de capital de defesa.

Economistas estimam que o clima severo pode ter cortado até 1,5 ponto percentual do PIB no primeiro trimestre. O governo, entretanto, não deu detalhes sobre o impacto do clima.

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Os gastos de consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, cresceu a uma taxa de 1,0 por cento, enquanto que o número divulgado anteriormente era de uma expansão de 3,1 por cento.

As exportações recuaram 8,9 por cento, em vez do ritmo de 6,0 por cento, resultando em um déficit comercial que cortou 1,53 ponto percentual do PIB. O fraco crescimento das exportações foi relacionado às temperaturas geladas durante o inverno.

As empresas acumularam 45,9 bilhões de dólares em estoques, um pouco menos que os 49,0 bilhões de dólares estimados no mês passado. Os estoques subtraíram 1,70 ponto percentual no primeiro trimestre, mas devem oferecer um impulso no segundo trimestre.

Uma medida da demanda doméstica que exclui exportações e estoques mostrou expansão a uma taxa de 0,3 por cento, em vez de um ritmo de 1,6 por cento divulgado anteriormente.

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