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Economia dos EUA vai crescer mais em 2003, diz Fed

Por Agencia Estado
Atualização:

O vice-presidente do Federal Reserve (Fed - banco central dos Estados Unidos), Roger Ferguson, procurou reduzir as preocupações de que o Fed pode não ter sucesso no esforço para reviver a economia, prevendo que o crescimento econômico vai acelerar ao longo do próximo ano e caracterizando o risco de deflação como "remoto". Ferguson, que participou de um evento em Pittsburgh, disse que o forte ciclo de corte de juro promovido pelo Fed ao longo dos últimos dois anos deverá ser suficiente par a assegurar uma recuperação econômica. O Fed reduziu a taxa de jutos 12 vezes desde janeiro de 2001, cortando a taxa para 1,25% - o menor nível em 41 anos. "Com o afrouxamento na política monetária da semana passada, as peças estão no lugar para criar um fortalecimento gradual na atividade econômica nos próximos trimestres", disse. O Comitê de Mercado Aberto do Fed (Fomc) fez uma declaração similar na sema na passada quando reduziu a taxa de juros em 50 pontos-base para ajudar a economia a superar o que foi chamado de "ponto fraco". Apesar da ação agressiva do Fed e do corte nos impostos de US$ 1,3 trilhão instituído pelo Congresso no ano passado, a economia norte-americana continua debilitada. O PIB dos EUA cresceu 3,1% no terceiro trimestre deste ano, mas muitos economistas prevêem que essa taxa irá desacelerar para abaixo de 2% no quarto trimestre. A atividade industrial estagnou, as empresas continuam a demitir e a confiança do consumidor despencou no mês passado. Contudo, Ferguson disse que isso não indica que o corte nas taxas de juro não esteja funcionando. "O fato da economia ter crescimento num ritmo apenas moderado este ano, apesar da redução significativa nas taxas de juro ao longo de 18 meses levou alguns observadores a argumentar que a política monetária perdeu sua força", disse. "Na minha opinião, esse argumento está errado". Segundo ele, é preciso analisar a economia na ausência das baixas no juro. "Sob essa ótica, considerando a severidade dos choques que atingiram a economia, uma melhor interpretação pode bem ser que os recentes eventos validaram mais uma vez a potência da política monetária", disse Ferguson.

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