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Economia japonesa cresce 0,9% e sai da recessão

Economia cresceu no segundo trimestre, depois de quatro trimestres consecutivos de retração.

Por Ewerthon Tobace
Atualização:

Após 12 meses consecutivos de queda, a economia do Japão deu sinais de melhora e registrou crescimento de 0,9% no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior, segundo anunciou o governo nesta segunda-feira. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 3,7%. A segunda maior economia do mundo fez o anúncio dias depois que a Alemanha e a França confirmaram ter saído da chamada recessão técnica no trimestre de abril a junho. Segundo divulgou o governo japonês, a alta é consequência direta do aumento nas exportações (crescimento de 1,6% no trimestre em relação ao três primeiros meses do ano) e também do consumo das famílias (aumento de 0,8% em comparação ao trimestre anterior), ambos estimulados por planos emergenciais adotados pelo Japão. Entre as medidas implementadas pelo governo estavam a distribuição de dinheiro à população e descontos para compras de produtos ecológicos. A recuperação da China também contribuiu para o aumento do PIB japonês. Período difícil O Japão vinha registrando contração na economia desde o segundo trimestre de 2008. A queda acentuada nas exportações de eletrônicos e automotivos, além da valorização do iene, foram as principais causas do colapso. A pior retração foi registrada no primeiro trimestre deste ano, quando o PIB caiu 3,8% em relação ao trimestre anterior. Foi a maior contração desde o fim da Segunda Guerra Mundial. O período de outubro a dezembro de 2008 também entrou para a história como a pior queda anual do PIB, que chegou a -13,1%. O medo de economistas agora é saber se o Japão vai conseguir sustentar essa recuperação. "Apesar do cenário ainda ser ruim, a economia está se recuperando", ressaltou o ministro de Política Econômica e Fiscal, Yoshimasa Hayashi. O ministro, no entanto, chamou a atenção para "fatores de risco" para o crescimento econômico, como produção industrial lenta, alta taxa de desemprego, queda no índice de preço ao consumidor e incertezas em relação a outros mercados mundiais. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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