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Economia latino-americana crescerá 4,3% em 2005, diz Cepal

Por Agencia Estado
Atualização:

A economia latino-americana crescerá 4,3% neste ano e 4% em 2006, e com isso completará quatro anos consecutivos de expansão, nos quais o PIB per capita aumentará 10%. "O resultado, apesar de menor do que a taxa registrada em 2004, continuará sendo superior à média dos últimos anos", afirmou o Estudo Econômico da América Latina e Caribe 2004-2005, apresentado nesta quarta-feira pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que prevê para o Brasil um crescimento de cerca de 3% neste ano. O crescimento para este ano projetado pela Cepal em abril melhora a previsão de 4% feita em dezembro, mas é inferior aos 5,8% registrados em 2004 e muito superior ao 1,9% de 2003. "Há espaço para um certo otimismo", observou a Cepal, segundo a qual a região "está mais bem preparada do que no passado para enfrentar os desafios". Além disso, o organismo advertiu da necessidade de crescer a uma taxa mais alta para solucionar os graves problemas nos mercados de trabalho. "Como aconteceu em 2004, espera-se que neste ano o crescimento seja generalizado e compreenda, quase sem exceções, todos os países da região", segundo o documento do organismo das Nações Unidas. Segundo o texto, em 2005 os países da América do Sul liderarão o crescimento por região, com média de 4,7%, seguidos pelos do Caribe (4%), e por México e América Central (3,6%). O estudo aponta que a taxa de crescimento projetada para o Cone Sul é de 7% em 2005. Análise dos países Segundo o documento, apresentado pelo secretário-executivo da Cepal, o argentino José Luis Machinea, o crescimento deste ano será liderado por Argentina (7,3%), Venezuela (7%), Uruguai (6,2%) e Chile (6%). Depois destes países aparecem Peru (5,5%), Cuba (5%), Panamá e Honduras (4,5%), Colômbia e Nicarágua (4%), México (3,6%) e Bolívia e República Dominicana (3,5%). Para Brasil, Equador, Guatemala, Haiti e Costa Rica se projeta um crescimento moderado de 3%. El Salvador e Paraguai serão os países com menor crescimento econômico em 2005, 2,5% e 2,8%, respectivamente, segundo o relatório preliminar. Segundo o organismo, apesar da desaceleração da economia mundial, a região foi beneficiada por um contexto internacional favorável, "caracterizado pelo crescimento do PIB mundial, o comércio internacional, o aumento dos preços das matérias-primas e reduções das taxas de juros". Para a Cepal, a economia mundial crescerá 3,3% este ano.

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