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Economia mundial deve desacelerar em 2006

Após ter registrado um crescimento de 5% em 2004, a economia mundial avançou em média 4,4% no ano passado. Em 2006, este número deve chegar a 4%, caindo para 3,9% no ano seguinte.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ritmo de crescimento da economia mundial deve se desacelerar em 2006. É isso o que aponta uma análise de The Economist Intelligence Unit, do Reino Unido, ressaltando que nos dois anos seguintes este cenário se estabilizará. Os números explicam o que foi afirmado pelo levantamento. Após ter registrado um crescimento de 5% em 2004, a economia mundial avançou em média 4,4% no ano passado. Em 2006, este número deve chegar a 4%, caindo para 3,9% no ano seguinte. O ritmo deve subir ligeiramente em 2008, quando voltará ao patamar de 4%. Para a realização deste cálculo foi usado o sistema de paridade do poder de compra (valor necessário em cada país para adquirir uma determinada cesta de produtos e serviços). Taxas de câmbio Se em vez da paridade do poder de compra das moedas fossem utilizadas as taxas de câmbio, que põem mais ênfase aos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE - composto por 30 países, entre eles Canadá, República Tcheca, França, Alemanha, Bélgica, Itália e Japão) e refletem o câmbio com o qual as multinacionais comerciam e repatriam lucros, o crescimento seria inferior: de 3,1% em 2006 e de 3% em 2007. 2006 Para 2006, o Economist Intelligence Unit espera um crescimento de 1,8% do Produto Interno Bruto dos 12 países que compõe a zona do euro, frente aos 1,2% calculados para 2005. Em 2007 e 2008, a economia européia poderia crescer 1,9% e 2% em média, respectivamente. A zona do euro é formada por Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal. A União Européia inclui, além destes, Dinamarca, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Polônia, Eslovênia, Eslováquia, Hungria, Estônia, Lituânia, Letônia, Malta e Chipre. Países emergentes Quanto aos mercados emergentes, espera-se um ambiente internacional, sobretudo financeiro, menos favorável que em 2005. Entre outras coisas, a explicação é o enfraquecimento da economia americana, o que fará com que os investidores sejam mais reticentes a assumir riscos e exijam maior rentabilidade de seus ativos nesses mercados. A deterioração do ambiente financeiro será especialmente grave para a América Latina, prevê o relatório, que lembra que o crescimento da região já se enfraqueceu em 2005 devido à moderação das importações dos Estados Unidos e da China e à estabilização dos preços das matérias-primas após vários anos de rápido crescimento.

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