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Econômicos respondem por 44% do total lançado

Motor de crescimento, segmento subiu de 4,2 mil imóveis para 11,5 mil em 2017, chegando a 14,4 mil no ano passado

Por Heraldo Vaz
Atualização:

Os projetos de imóveis econômicos, enquadrados no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), registram crescimento contínuo na cidade de São Paulo. No ano passado, o segmento atingiu a marca de 14,4 mil unidades, com aumento de 25% em relação a 2017. Em média, foram lançados 1,2 mil apartamentos por mês.

Prêmio avaliza o desempenho registrado e reconhece a empresa como uma liderança do setor, afirma Luna. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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A participação de mercado vem aumentando desde 2016, quando foram 4,2 mil moradias de baixa renda, representando 21% do total de lançamentos de imóveis no ano. Em 2017, a participação cresceu para 37%, com 11,5 mil habitações, chegando a fatia de 44% do total de 32,8 mil novos apartamentos que chegaram ao mercado na capital durante o ano passado. 

As vendas também seguem em alta. A participação de 16% em 2017 subiu para 37% no ano passado, quando foram comercializadas 11,2 mil unidades, na faixa até R$ 240 mil, o teto do MCMV. O preço final não é o único critério para classificar um imóvel como econômico. O Sindicato de Habitação (Secovi-SP) definiu como limite o valor de R$ 5,5 mil por metro quadrado de área útil para construções destinadas à baixa renda.

Os 15 novos empreendimentos, com 4,9 mil unidades e valor de vendas de R$ 860 milhões, deram o título de campeã na categoria Incorporadoras à Plano&Plano, que foi vice entre as construtoras e 5º lugar no ranking das vendedoras nesta edição do Top Imobiliário.

O prêmio, segundo o diretor Rodrigo Luna, avaliza os resultados produzidos. “A empresa premiada é reconhecida pelo mercado como uma das lideranças do setor”, diz. “Estar presente nos três rankings é motivo de grande orgulho.”

Déficit

O executivo mantém uma expectativa de retomada do mercado imobiliário, dependendo do aumento de confiança, nível de emprego e renda da população para voltar a produzir em larga escala. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que, em dois anos, o déficit habitacional no País cresceu 220 mil unidades, batendo a marca de 7,7 milhões de imóveis.

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Os contingenciamentos no orçamento da União causam reflexos no programa do MCMV. De janeiro a março deste ano, o Secovi registrou queda de 80% nos lançamentos de imóveis econômicos: apenas 217 unidades em comparação com as 1.056 unidades no primeiro trimestre de 2018.

Luna explica que o processo de aprovação de financiamentos na Caixa Econômica Federal passou por ajustes. “Agora existem outras instâncias de aprovação na região e em Brasília”, diz, citando também mudanças na área de avaliação de riscos. “Passamos por dificuldades no orçamento da União para liberação de subsídios que dependem do governo federal.” Isso, segundo ele, trouxe “descompasso nas aprovações de financiamentos” nesse primeiro trimestre, retardando os novos lançamentos. 

O Secovi já apurou o lançamento de 1.525 unidades de baixa renda em abril, totalizando 1.732 nos quatro primeiros meses do ano. Luna vê necessidade de reavaliação da faixa 1 do programa, que exige maior volume de subsídios e enfrenta alta inadimplência dos compradores. “As faixas 2 e 3 são enorme sucesso. Foram responsáveis pela recuperação do mercado permitindo que a iniciativa privada passasse a atender demandas a partir de 2 salários mínimos de renda familiar.”

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