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Economista ligado ao PT teme "stalinismo econômico"

Por Agencia Estado
Atualização:

Economistas ligados ao PT e que assinaram o manifesto "A Agenda Interditada", em que cobram mudanças na política econômica do governo Lula, queixaram-se nesta segunda-feira do comportamento do PT em relação aos críticos da política econômica, acusando-o de tentar desqualificar o debate. O economista Odilon Guedes, vereador pelo PT em São Paulo, alertou que o governo corre o risco de caminhar para um "stalinismo econômico". Para ele, o presidente do PT, José Genoino, e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, estão criando "inimigos virtuais". O economista Plínio de Arruda Sampaio Filho, da Unicamp, avaliou que o governo Lula se rende ao "totalitarismo do mercado financeiro" e que o modelo econômico adotado até o momento é de aprofundamento do neoliberalismo, principalmente nas reformas previdenciária e tributária. "Não estamos transitando entre modelos econômicos, mas aprofundando o modelo neoliberal", disse. Para a economista Leda Paulani, da Universidade de São Paulo, "o que mais incomoda quem esteve no PT é a interdição do livre debate que vem sendo promovido nesse momento", disse. O também economista Robério Paulino disse que "o governo FHC desqualificou as críticas que o PT fez e, agora, o governo Lula faz o mesmo. Muda de lado e desqualifica, inclusive, seu passado".

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