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Economista prevê nova alta dos juros

Por Agencia Estado
Atualização:

Entrevistado no programa Conta Corrente, da Globo News, o economista Francisco Petros, da Associação dos Profissionais de Investimento no Mercado de Capitais (Apimec), criticou a atuação do Banco Central e previu uma nova alta da taxa Selic durante a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. "As razões do Copom são até estranhas à lógica daquilo que se espera do crescimento do País no médio prazo, do próprio número de inflação e das possibilidades de política monetária", frisou Petros. "Mas me parece que eles vão continuar nesse ritmo de falcões e não de pombos", afirmou, atribuindo aos falcões a preferência por altas taxas de juros, em oposição aos pombos, que prefeririam observar mais para tirar conclusões sobre a inflação. Mercado nervoso De acordo com o economista, o mercado internacional demonstrou alto grau de instabilidade, com movimentos especulativos de queda no preço de commodities que poderiam atingir em cheio o Brasil. "Esse assunto é vital para a economia brasileira, que tem grande parte da sua pauta de exportações ligada a commodities", lembrou Francisco Petros. Ele afirmou que esse é um risco de médio prazo importante, e que vai depender em grande parte do desempenho da economia chinesa e, sobretudo, das incertezas da economia norte-americana. Problemas estruturais O economista da Apimec comentou a queda da posição do Brasil entre os países que mais atraem os capitais externos. Para ele, se o Brasil atacasse de forma mais decisiva as reformas estruturais, certamente o País ocuparia uma posição privilegiada entre os países emergentes. Além disso, há outras pendências a serem resolvidas, como o excesso de tributação sobre o setor real da economia e o baixo crescimento do País nos últimos anos, que têm resultado numa imagem negativa do País. "Infelizmente, nós não estamos enfrentando os problemas estruturais da economia brasileira e da própria sociedade, como a questão da criminalidade, a burocracia e o excesso de tributação", frisou Francisco Petros.

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