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Economista vê pressão de demanda e fim do corte do juro

Por Luciana Xavier e Patricia Lara
Atualização:

O sócio-diretor da MB Associados José Roberto Mendonça de Barros vê pressão de demanda na inflação e acredita que isso forçará o Banco Central (BC) a interromper a queda dos juros em outubro. ''''Evidentemente, existe pressão de demanda, basta olhar os automóveis'''', disse, em entrevista ao Broadcast ao Vivo, em referência aos recordes de vendas e de produção das montadoras. Em agosto, a produção de veículos cresceu 5,1% ante julho e 14,5% ante agosto de 2006. Neste ano, até agosto, a produção cresceu 9,1% ante igual período de 2006. As vendas cresceram 8,2% ante julho e 31,8% ante agosto de 2006, somando 235,3 mil unidades. De janeiro a agosto, as vendas internas somaram 1,53 milhão de unidades, 27,3% mais que no mesmo período do ano anterior. Para Barros, esses números comprovam a necessidade de parar de cortar os juros por alguns meses. A taxa Selic vem caindo desde setembro de 2005, saindo de 19,5% para os atuais 11,25%. Na reunião da semana passada, o BC reduziu o ritmo de corte de 0,50 para 0,25ponto porcentual. Barros acredita que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que será divulgada na quinta-feira, deve mencionar o ''''cenário menos confortável''''. O documento deverá fazer referência à turbulência global e aos riscos inflacionários. Ele lembrou que o Índice de Preços no Atacado vem mostrando que mais setores estão ajustando preços.

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