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Economistas esperam aumento da Selic

Por Agencia Estado
Atualização:

O coordenador de macroeconomia da Área de Cenários da Caixa Econômica Federal (CEF), Edson Luiz Soares, disse acreditar que o Comitê de Política Monetária (Copom) deverá elevar um ponto percentual a taxa básica de juros, de 21% ao ano para 22%. "Este aumento se dará basicamente por conta da deterioração das expectativas", disse ele. O economista citou a Pesquisa Focus do Banco Central, divulgada hoje, que mostra uma elevação das expectativas no mercado de 9% para 9,81% para o IPCA de 2003. "A inflação não é de demanda, mas os preços livres, que respondem por 70% do IPCA, têm sido remarcados nos supermercados. É onde uma elevação de juros poderia atuar", afirma Soares. No entanto, diz o coordenador da CEF, o maior objetivo do Banco Central é atuar nas expectativas do mercado e a utilização de um instrumento clássico, como o aumento de juros, manteria a credibilidade do mercado externo na condução da política econômica brasileira, uma vez que o País estaria mostrando que se mantém firme na busca do cumprimento da meta. Para os economistas Eduardo Marques e Elson Teles, do Banco Boreal, uma provável alta da taxa Selic na reunião desta semana do Copom "está fundamentada na hipótese de que o BC continuará se guiando pela aplicação pura e simples do arcabouço técnico no qual se baseia o regime de metas de inflação." Os analistas do Boreal trabalham com um intervalo de elevação de juros de 1 a 2 pontos percentuais na taxa Selic. "Acreditamos que a situação de forte deterioração das expectativas de inflação para 2003, observada desde a última reunião, exija do Copom uma resposta sob a forma de um novo reforço na política monetária, com uma elevação na taxa básica de juros de 1 a 2 pontos porcentuais", afirmam. Segundo o economista-chefe do Lloyds TSB, Odair Abate, os sinais de inflação são ruins e mesmo considerando que grande parte do aumento dos preços decorre de custos mais elevados e não de pressão de demanda, os efeitos secundários da variável câmbio são perceptíveis. O Lloyds trabalha com a expectativa de um aumento de 1 ponto na taxa Selic, de 21% ao ano para 22%.

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