Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, ultrapassou o megaempresário Jorge Paulo Lemann, sócio das operações globais AB InBev, do Burger King, da Kraft Heinz e do fundo 3G Capital, no ranking de bilionários da revista Forbes, tornando-se o brasileiro mais rico do mundo. A mudança vem depois de o Facebook ter atingido US$ 1 trilhão em valor de mercado, na semana passada.
Saverin tem uma fortuna estimada em US$ 19,4 bilhões e está listado na 95.ª posição no ranking global. O patrimônio de Lemann, que agora é o segundo brasileiro mais rico do mundo, está estimado em US$ 19 bilhões - o suficiente para ele ocupar a 98.ª colocação mundial.
Saverin tem 39 anos, menos da metade da idade de Lemann, que tem 81 anos. Ao contrário do sócio do 3G Capital, no entanto, Saverin fez toda a sua carreira - e dinheiro - em solo americano.
Eduardo Saverin nasceu em São Paulo, em 1982, mas se mudou para os Estados Unidos no início da década de 1990. Em 2012, ele renunciou à cidadania norte-americana e se tornou residente de Cingapura, onde mora atualmente, tendo ocupado a 4.ª posição no ranking da Forbes de pessoas mais ricas do país asiático em 2020.
Saverin foi colega do presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, na Universidade Harvard. Eles fundaram a rede social em 2004, quando ainda estavam na faculdade, com outros três colegas. Segundo a Forbes, Zuckerberg tem uma fortuna de US$ 97 bilhões e é o 5.º homem mais rico do mundo.
Saverin ficou famoso mundialmente por ter acionado o Facebook na Justiça - procedimento que foi tema central do filme A Rede Social, de David Fincher (na produção, lançada em 2010 e que ganhou o Oscar de melhor roteiro adaptado, ele foi interpretado por Andrew Garfield).
Depois de um acordo milionário com Mark Zuckerberg, o brasileiro entrou no mercado de investimentos. A maior parte da fortuna de Saverin, porém, é proveniente de sua participação na rede social.
O empresário também lançou, em 2016, o fundo de risco B Capital, ao lado do economista Raj Ganguly. O fundo administrado por Saverin tem como objetivo ser uma ponte entre o mundo corporativo e startups consideradas por ele como “de qualidade”.
Entram no radar da B Capital startups em estágio inicial com soluções para serviços financeiros, assistência médica, transporte e bens industriais, entre outros. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS