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Efeito eleições: o que os bancos estrangeiros estão dizendo

Por Agencia Estado
Atualização:

Esta semana, oito instituições financeiras de países desenvolvidos divulgaram relatórios, dirigidos a seus correntistas e investidores, atualizando suas recomendações sobre os papéis da dívida externa brasileira. Quatro deles mantiveram a mesma recomendação que constava em suas análises anteriores, ou seja, não indicaram nenhuma grande mudança na conjuntura. Quatro outros, porém, rebaixaram suas recomendações sobre investimentos no Brasil ? basicamente porque entendem que a possibilidade de a oposição vencer as eleições presidenciais está maior, o que, na opinião dos bancos, representa um risco maior para o investidor. O quadro abaixo resume o efeito eleições sobre as recomendações dos bancos estrangeiros a respeito dos investimentos no Brasil: Instituição Dia Recomendação sobre Brasil Explicação Morgan Stanley 29/4/2002 Piorou A questão crucial neste momento para o mercado é determinar se o pré-candidato do PSDB, José Serra, conseguirá descolar nas pesquisas dos candidatos Anthony Garotinho (PSB) e do Ciro Gomes Merrill Lynch 29/4/2002 Piorou "Teremos poucas chances de ver uma reversão nos resultados das pesquisas eleitorais que venham a ser bem aceitos pelo mercado." ING Barrings 2/5/2003 Manteve igual ?Esperamos que em algum ponto no futuro aconteça uma reversão dessa situação. Assim que o governo começar a usar sua máquina para apoiar o seu candidato, quando a campanha tiver início oficialmente, vamos ver uma virada nas pesquisas de opinião." ABN Amro 2/5/2002 Piorou "(No atual cenário...), o aumento da liderança do Lula e o fato de José Serra ainda estar com números baixos nas pesquisas eleitorais acabaram influenciando a decisão." Dresdner 3/5/2002 Manteve igual "Ainda estamos longe de uma definição do quadro eleitoral no Brasil, teremos o início de um quadro mais consolidado apenas daqui uns dois meses." Santander 3/5/2002 Piorou As pesquisas de opinião para as eleições presidenciais não deverão melhorar o sentimento de mercado até o final deste mês, quando José Serra terá maior tempo de televisão. J P Morgan 3/5/2002 Manteve igual No final das contas, o candidato do governo deverá vencer as eleições em outubro próximo. "A campanha não é oficialmente lançada até agosto, o que deixa bastante tempo para uma troca de candidatos se for necessário." Barclays 3/5/2002 Manteve igual "Com 45% a 50% de indecisos e poucas aparições de José Serra até o momento, Lula de fato não está indo tão bem quanto o esperado."

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