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EIA prevê preço médio do barril de petróleo em US$ 110

Por Nicola Pamplona
Atualização:

A Agência de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), órgão do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE), aumentou em US$ 9 por barril sua projeção para o preço médio do petróleo em 2008. Segundo o relatório mensal "Projeções energéticas de curto prazo", divulgado hoje, a cotação do petróleo tipo West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova York, deve ficar em US$ 110 por barril, na média, este ano. Para 2009, a agência prevê uma média de US$ 103 por barril, o que representa um aumento de US$ 11 com relação à projeção divulgada no mês passado. A revisão foi provocada pela percepção de que as relações entre oferta e demanda serão mais apertadas do que o previsto anteriormente. Segundo a instituição, o abastecimento de petróleo continua a operar perto do limite e se mantém vulnerável a qualquer interrupção. "O fluxo de investimentos o para os mercados de matérias-primas (commodities) e as preocupações geopolíticas em diversos países produtores, incluindo Nigéria, Iraque e Venezuela, vêm contribuindo para a volatilidade dos preços", avaliam os analistas da EIA. Uma das principais preocupações da agência diz respeito à falta de sinalização de aumento da produção pelos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), responsável por uma produção média de 32,2 milhões de barris no primeiro trimestre deste ano. "A Opep parece estar satisfeita com as condições atuais do mercado, de acordo com recentes pronunciamentos de alguns de seus membros, que sugerem que não há planos de rever os níveis de produção até o próximo encontro, marcado para o dia 9 de setembro", diz o texto. Redução Segundo o relatório, os preços do barril de petróleo só devem ceder no segundo semestre, com a início da produção de campos em países que não são membros da Opep, incluindo o Brasil. Para a entidade, estes países serão responsáveis por um aumento médio de 600 mil barris de petróleo por dia na capacidade mundial de produção. O consumo mundial de petróleo, porém, deve crescer 1,2 milhão de barris no ano.

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