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Eike Batista desafia Carlos Slim

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Por Redação
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O empresário Eike Batista, homem mais rico do Brasil, tem como um de seus dois principais objetivos transformar o Rio de Janeiro em "um dos lugares mais dinâmicos e ricos do mundo", segundo afirmou em uma entrevista publicada ontem pelo diário britânico The Guardian.O outro objetivo de Batista é se tornar o homem mais rico do mundo. Atualmente ele ocupa o oitavo lugar na lista da revista Forbes. "O senhor Carlos Slim precisa inventar um novo carro de corrida para me acompanhar", disse o empresário de 53 anos, referindo-se ao bilionário mexicano que lidera a lista.A holding EBX, controlada por Eike, pretende investir R$ 34 bilhões no Rio nos próximos dois anos, construindo portos, fábricas e procurando petróleo. "Se eu olhar para o Rio daqui a 10, 15 anos, será inacreditável", afirmou ele ao jornal.Para o empresário, a cidade será "uma mistura de Califórnia, Nova York e Houston, combinando praias estonteantes com importância financeira e arquitetura ultramoderna".O jornal relatou o projeto de Batista para a construção da "Cidade X", uma "cidade digital supermoderna para cerca de 250 mil pessoas", erguida a partir do nada a cerca de 240 quilômetros do Rio de Janeiro.Para a capital, os projetos de Batista incluem a limpeza da lagoa Rodrigo de Freitas, o estabelecimento de um cruzeiro de luxo para turistas, a recuperação da marina da cidade e a restauração do Hotel Glória.O Guardian observou ainda que, como patrocinador da candidatura do Rio pela organização da Olimpíada de 2016, ele doou mais de R$ 15 milhões para a campanha e também R$ 100 milhões para ajudar a financiar as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nas favelas cariocas."A maioria dos brasileiros ricos vive 90% de seu tempo no Brasil, mas guarda dinheiro para comprar algo em Nova York ou Miami ou Londres ou Paris", disse ele ao jornal. "Seus filhos às vezes precisam viajar em carros blindados. Vamos mudar isso. Aqui é o paraíso."Segundo o jornal, a "extravagância" de Batista é uma exceção num país como o Brasil, com grandes diferenças entre os ricos e os pobres e onde os mais abastados preferem se manter discretos. O empresário diz que a "única maneira de mudar as coisas no Brasil" é as pessoas mostrarem o que têm. / BBC

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