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Eike quer vender gás para a Vale no Maranhão

Por Daniela Amorim (Broadcast) e RIO
Atualização:

O empresário Eike Batista pretende entrar no mercado de fertilizantes como fornecedor de gás, por meio de sua empresa de petróleo, a OGX, e citou a Vale como uma possível cliente. O empresário espera vender o insumo como matéria-prima para a indústria a US$ 5 por milhão de BTU. Usará a produção do campo que explora na Bacia do Parnaíba, no Maranhão, onde já declarou ter descoberto "meia Bolívia" de gás."A Vale pode precisar de gás para industrializar alguns minérios, gerando energia. Mas o gás pode ser usado também para fazer fertilizantes, amônia", declarou Eike, depois de participar, no Rio, Encontro Econômico Brasil-Alemanha. "É uma dedução óbvia, já que se descobriu tanto gás. Se você tem preço adequado, você induz vários negócios."A província do Maranhão, descoberta no ano passado, tem potencial de reservas entre 280 bilhões e 420 bilhões de m³ de gás. As reservas provadas bolivianas equivalem a 560 bilhões de m³.Durante o evento, o presidente do Brazil Board, Stefan Zoller, informou que Eike Batista esteve reunido no último sábado com uma delegação de representantes das 1,2 mil empresas alemãs instaladas no Brasil. Segundo ele, o objetivo era captar parceiros para os investimentos do grupo EBX no País."Estivemos em uma delegação com o Eike para saber com quais de suas empresas é possível ter uma maior cooperação e chegamos a uma conclusão completa do que é possível fazer no futuro", disse Zoller, sem citar quais empreendimentos estariam na mira dos alemães.Mais cedo, Eike falou que torce para que a Fraport, empresa alemã que administra o aeroporto de Lima, ganhe a concessão para administrar um dos aeroportos brasileiros. A companhia alemã convidou o empresário para se unir a ela na rodada de licitações, mas Eike não informou se aceitou o convite - disse que há apenas uma conversa informal.Durante o evento, Eike conclamou os empresários alemães a investirem no Brasil, instalando indústrias nas cercanias do Porto do Açu, um de seus maiores empreendimentos. "O Porto do Açu permite a vocês entrarem no Brasil por um porto do jeito que vocês conhecem, com segurança energética, com possibilidade de ter energia 30% mais barata", assinalou.

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