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Eixo Rebouças tem alto padrão e habitação social

Premiados na região nobre paulistana apresentam curva de preços de R$ 250 mil a R$ 1,2 milhão

Por Heraldo Vaz
Atualização:

No eixo de verticalização da Avenida Rebouças, que vai da Paulista à Marginal Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, dois residenciais ganharam o Master Imobiliário. De estilos e tamanhos diferentes, apresentam uma curva de preços que vai de R$ 250 mil a R$ 1,2 milhão.

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No Planalto Central, com piscinas no terraço, outro prédio de apartamentos levou o troféu por soluções arquitetônicas. Com duas suítes, a unidade custa R$ 800 mil, em bairro nobre de Goiânia (GO).

Na categoria Empreendimento, o prêmio de Residencial foi para a incorporadora Tegra com o Gabell Jardins, próximo à Rebouças, na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, que reúne lojas de arte e decoração. O júri elogiou a “arquitetura contemporânea, volumetria diferenciada e design geométrico na fachada de painéis”. Próximo do metrô Oscar Freire, o edifício tem 120 apartamentos de dois dormitórios (60 m² e 71 m²), com preço médio de R$ 17 mil a R$ 20 mil por m².

Para o diretor de incorporação da Tegra, João Mendes, imóveis de dois dormitórios são versáteis como opções para moradia ou investimento. “O tíquete médio foi de R$ 1,2 milhão”, diz. “Todas as unidades já foram vendidas.”

Projeto do Gabell Jardins valoriza a luz natural Foto: Tegra

 

Na fachada ativa, uma loja de pé-direito duplo. Na cobertura, piscina com solarium e academia. Com início das obras em 2019, o prédio de 31 andares foi desenvolvido de acordo com as diretrizes da Lei de Zoneamento, aprovada em 2016, que aumentou o potencial construtivo dos terrenos na Avenida Rebouças e seu entorno.

Boom

Com estações de metrô, corredores de ônibus e grandes avenidas, o eixo da Rebouças foi palco de um boom de lançamentos desde 2016, quando a lei de zoneamento liberou a construção de prédios mais altos na avenida.

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Segundo dados do Secovi-SP, entre 2016 e 2019, foram lançados 3.845 apartamentos. No ano passado, em plena pandemia, mais 1.286 unidades.

No total, o boom supera a marca de 5 mil novos imóveis. A maioria (54%) é de estúdios e um dormitório, como as unidades do B. Side Faria Lima, lançado em parceria pela You,Inc e MF7, em novembro do ano passado, com base nos incentivos para Habitação de Interesse Social (HIS).

Nesse programa para famílias de baixa renda, 80% das unidades residenciais são destinadas a um público com renda de até 6 salários mínimos, explica a diretora institucional e de marketing da You,Inc, Tatiana Muszkat.

A 500 metros do cruzamento das avenidas Rebouças e Faria Lima, em frente ao Shopping Eldorado, terá 278 apartamentos e 30 unidades com serviços (concebidas para investidores), além de cinco lojas no térreo. São dois subcondomínios, com entradas independentes.

Econômico

É um empreendimento do segmento econômico, segundo o diretor da MF7, Gleynor Brandão. Na torre em L, com 18 pavimentos, a maioria (194 unidades) é de um dormitório. Segundo a diretora da You, estudo identificou maior procura dos compradores do segmento HIS por essa tipologia de apartamentos.

B. Side: Fachada ativa com 5 lojas no térreo e 278 apartamentos Foto: You,Inc

Questionada sobre o fato de não ter vagas de garagens, Tatiana diz que “o uso do carro torna-se dispensável” na região repleta de transporte público, perto de estações de metrô e trem, corredores de ônibus e grandes avenidas. Também comenta que a ausência de garagens reduz o custo de obra, “garantindo valor de construção compatível com a renda para o modelo de HIS”.

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Em seu voto, o júri do Master Imobiliário destacou “a excepcional localização, a composição visual da torre e a campanha de comunicação, que resultaram em sucesso de vendas” do B. Side Faria Lima. 

O nome beside significa ao lado, diz Tatiana. “Foi pensado para reforçar a proximidade da localização com a avenida mais valorizada de São Paulo.” Segundo a diretora, o símbolo da campanha foi a faixa de pedestres. “É uma região onde é possível fazer tudo a pé.”

A campanha focou no jovem, que trabalha na região, mora com os pais ou de aluguel. “As vendas tiveram resultado excelente”, declara Tatiana.

“Praticamente tudo já foi vendido”, acrescenta Brandão. “Restam apenas dois estúdios com serviços.”

Classificados pelas incorporadoras como não residencial (NR), foram projetados para exploração em plataformas como Airbnb. “O NR possibilita a implementação de aluguéis de curta temporada”, diz Tatiana. “No modelo short stay, os investidores conseguem lucros maiores que locações convencionais de longa duração.”

Pool houses

Projetos inovadores mudam a fotografia da cidade, segundo a incorporadora Opus, que ganhou o prêmio de Soluções Arquitetônicas com o edifício Gyro Rooftop, lançado em dezembro. Edifício de alto padrão, com design arrojado, segundo o júri, que premiou o conceito de “residências compactas com piscina”.

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Piscinas privativas e uma de vidro no topo do edifício Foto: Opus

São 196 apartamentos de 46 m² (com uma suíte e sem piscina) até 129 m² (três suítes), respectivamente, com preços de R$ 340 mil e de R$ 1,1 milhão. “Pool houses são o grande diferencial”, diz o diretor da Opus, Dener Justino, referindo-se às unidades com duas ou três suítes. Em cada pavimento, são duas piscinas com 5 m².

Para os apartamentos menores, o preço de lançamento foi de R$ 7,3 mil por m². Segundo Justino, no caso das pool houses o valor sobe 15%, para cerca de R$ 8,5 mil. “A maior procura foi por duas suítes, com 96 m² e preço de R$ 800 mil a R$ 820 mil”, conta o diretor. “Bem mais barato que em São Paulo”, ressalta o executivo.