PUBLICIDADE

Publicidade

Eleições, Copom e inflação são os destaques

Para esta semana está programada a decisão do Copom sobre a futuro da Selic. Além disso, continuam as expectativas com relação aos índices de inflação a serem divulgados e também os resultados de pesquisas eleitorais.

Por Agencia Estado
Atualização:

Sem notícias de impacto no fim de semana, o mercado sinaliza uma abertura relativamente calma e "morna" nesta segunda-feira. A agenda de fatos relevantes para os negócios na semana, porém, é bastante relevante. O dia já começou hoje com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) Fipe da segunda quadrissemana de maio, que ficou em 0,02%. O número ficou perto do piso das estimativas, que iam de zero a 0,10%. Não fosse a ducha fria que Armínio Fraga jogou nas expectativas de corte da taxa de juros Selic na sexta, ao alertar que a atividade (fraca no primeiro trimestre) não é a única variável considerada pelo Banco Central (BC), o resultado da Fipe poderia estimular as apostas em relaxamento monetário na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que se encerra depois de amanhã, quarta-feira - com a novidade do resultado sair ao meio-dia. Ainda antes da decisão do Copom, o mercado receberá hoje à tarde mais um indicador de inflação - o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) da segunda prévia de maio. Mas, além da inflação, o mercado também está atento ao comportamento do câmbio e do petróleo, que continuam em níveis bem mais altos do que na reunião anterior do Copom. Corrida eleitoral Outra frente de evolução para o cenário conjuntural nesta semana vem da política. É esperada a divulgação de três pesquisas neste início de semana. Duas no Ibope (uma a ser concluída hoje e outra amanhã) e outra do Vox Populi, realizada neste fim de semana. Diante do consenso de que o quadro eleitoral só se definirá no segundo semestre, após a Copa que começa semana que vem, é possível que o potencial de estresse em relação às sondagens eleitorais diminua. Isto ficou evidenciado nos últimos resultados do Datafolha e Vox Populi e também na sexta, quando boatos de que Garotinho poderia passar Serra nos números desta semana não tiveram o mesmo impacto nos negócios verificado em semanas anteriores. De qualquer forma, não se descarta uma oscilação mais forte, especialmente se a liderança de Lula se ampliar ou se Serra - que volta à TV amanhã - perder posições. Duas notícias deste fim de semana foram vistas como positivas para o candidato tucano. Uma é a de que o PFL, diante do crescimento de Lula, está se reaproximando do PSDB, o que sugere uma maior coesão na base de sustentação do governo e seu candidato. Outra foi a rapidez do PMDB e PSDB em sepultar a ameaça de escândalo das denúncias contra o deputado Henrique Alves, cuja indicação para vice de Serra foi imediatamente retirada. O nome do vice deve sair na próxima quarta. Rita Camata é favorita, com os senadores Simon e Tebet e o prefeito de Joinvile, Luiz Henrique, correndo por fora. Ainda na agenda da semana, destaque nos EUA para a divulgação da revisão do PIB do primeiro trimestre, na sexta. Hoje saem os indicadores antecedentes (11h) e, na quinta, o auxílio-desemprego. As bolsas de Nova York subiram bastente na semana passada e, para manterem o fôlego, devem depender de que os indicadores continuem sinalizando retomada do PIB sem inflação na economia americana. Há pouco, o dólar comercial estava sendo cotado a R$ 2,4710, em queda de 0,20% em relação ao fechamento de sexta-feira. No mercado de juros, os contratos de DI futuro, com vencimento em janeiro, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), pagam taxas de 18,770% ao ano frente aos 18,800% ao ano negociados sexta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está em alta de 0,02%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.