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Elena Landau estreia coluna nesta sexta-feira

Ex-BNDES, economista diz que é preciso propor discussões sobre privatizações e que o País precisa avaliar a fundo as propostas eleitorais

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Por Redação
Atualização:

A economista e advogada carioca Elena Landau estreia nesta sexta-feira, 06, uma coluna quinzenal no ‘Estado’. O espaço vai ser dedicado a discutir as medidas necessárias para que o setor público brasileiro se torne mais eficiente, como a desestatização. É crucial que o País avance, diz, para garantir a recuperação da economia após anos de crise. 

Formada pela PUC-Rio, Landau ganhou notoriedade nos anos 1990, por colaborar com o Programa Nacional de Desestatização Foto: MARCOS DE PAULA/ESTADÃO

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Formada pela PUC-Rio, Landau ganhou notoriedade nos anos 1990, por colaborar com o Programa Nacional de Desestatização. Em 1994, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, ela se tornou diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), onde permaneceu até 1996 e também passou pelo conselho administrativo da Eletrobrás. 

No fim do ano passado, depois de 25 anos, a economista deixou o PSDB e atualmente é presidente do Conselho Acadêmico do Livres, movimento que tem orientação liberal.

Landau avalia que é preciso propor a discussão das privatizações. “Acredito que toda empresa é passível de ser privatizada. Não tenho restrições, mas é preciso reavaliar a comunicação com a sociedade. Se você perguntar ao cidadão se ele é a favor da privatização de uma empresa pública, instintivamente dirá que não. Mas se ele for convidado a avaliar se é melhor que o governo gaste bilhões com aquela empresa ou investir esse mesmo dinheiro em saúde e educação, a resposta será outra.”

Ela também considera que a população está preparada para debater as necessidades de redução do tamanho do Estado, buscando uma maior eficiência da máquina pública e a redução das despesas do governo.

“Se o governo souber explicar, a sociedade está madura para fazer esse debate. Mesmo sem a aprovação da reforma da Previdência pelo governo atual, as pessoas já sabem que existe um regime injusto e desigual. O próximo presidente vai ter de fazer esse debate acontecer.”

Para ela, o debate econômico este ano já se tornou mais importante do que em eleições anteriores. “O que se percebe é que até os assessores econômicos dos pré-candidatos se tornaram personagens importantes no debate eleitoral de agora. Isso é uma novidade. Há um diagnóstico comum entre eles, todo mundo fala da necessidade de o País crescer, mas há muitas diferenças no detalhamento das propostas. É preciso discutir.”

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Landau diz que 2018 é um divisor de águas e que as incertezas eleitorais podem fazer com que o País volte ao populismo. “O que percebemos no cenário atual é um discurso populista ainda muito forte. Por um lado, à direita, tem o deputado Jair Bolsonaro (PSL). Por outro, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que se diz de esquerda, mas é só um intervencionista.”

Ela diz acreditar que, ainda que a recuperação da economia tenha adquirido centralidade no debate eleitoral, é preciso avaliar as propostas dos pré-candidatos com profundidade. 

“O Brasil precisa avançar para garantir a recuperação da economia, não pode perder o gancho da história. Além das virtudes da privatização, é necessário debater uma reforma da Previdência que reduza os gastos da União e rediscutir qual será o papel do Estado no futuro.” 

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