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Eletricitários afirmam que Mourão descartou privatizar Eletrobrás este ano

Representantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários, que luta contra a venda da estatal, tiveram reunião com o presidente em exercício

Por Denise Luna (Broadcast)
Atualização:

RIO - O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, recebeu nesta quarta-feira, 15, quatro empregados da Eletrobrás integrantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), que luta contra a privatização da empresa, em reunião em Brasília. Segundo a entidade, Mourão teria confirmado que a privatização da estatal não deve ocorrer este ano.

Mourão assumiu presidente durante viagem de Jair Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil - 24/4/2019

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Em nota à imprensa, o CNE informou que Mourão afirmou que não vê clima para a capitalização da companhia em 2019 e se dispôs a ajudar a categoria a ampliar a discussão sobre a saída do controle do governo na Eletrobrás. Ele teria informado ainda que não ouviu falar em privatização da companhia, mas apenas na capitalização, como vem sendo defendido pela empresa desde a entrada do atual presidente, Wilson Ferreira Jr.

Procurada, a assessoria de Mourão ainda não retornou com a confirmação do teor da conversa, mas confirmou que houve a reunião com os eletricitários.

A categoria argumenta que a justificativa que o governo vem usando para vender o controle da Eletrobrás em bolsa, diluindo a participação do governo, é de que a empresa depende de recursos do governo, que atravessa dificuldades fiscais e não pode mais injetar recursos nas estatais.

Segundo o CNE, apesar do aporte de R$ 3 bilhões feito em 2016, a estatal rendeu R$ 14,7 bilhões em dividendos de 2008 a 2014 e este ano deve render mais R$ 600 milhões. A entidade mostrou também a Mourão que o valor de R$ 12,2 bilhões previstos para serem arrecadados com a perda do controle da companhia na capitalização é irrisório diante da dívida pública.

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