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Eletrobrás admite administrar a Eletropaulo

Por Agencia Estado
Atualização:

A federalização da Eletropaulo, que deu um calote no BNDES, não está descartada pelo governo, disse hoje o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa. ?(A federalização) é uma das alternativas com as quais trabalhamos. Estamos analisando todas as possibilidades de resolver a questão?, disse. Ele afirmou que a prioridade do governo é resgatar a dívida da empresa e não assumi-la. Pinguelli reuniu-se ontem, no BNDES, com o presidente do banco, Carlos Lessa, e com o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim, para discutir a crise na distribuidora. Ele disse que, ?se o governo desejar, a Eletropaulo pode ser administrada pela Eletrobrás?, mas disse que esta não é uma decisão que tenha que ser tomada pela estatal. Críticas à privatização Logo após a posse da diretoria do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), o presidente da Eletrobrás voltou a criticar os contratos de privatização das companhias elétricas, que utilizaram recursos do BNDES. ?No afã de privatizar as distribuidoras, fizeram contratos lesivos ao interesse público?, afirmou. Segundo ele, as garantias dadas pelas empresas não são suficientes para que o dinheiro emprestado seja recuperado. Além disso, ele criticou a utilização, pelas multinacionais, de filiais em paraísos fiscais, que dificultaria o acesso ao grupo controlador para cobrar as dívidas. A norte-americana AES, que controla a Eletropaulo, por exemplo, tem uma rede de filiais entre o grupo e a concessionária paulista. O presidente da Eletrobrás disse que os contratos devem ser analisados por advogados para verificar se há alguma irregularidade. Celg Pinguelli Rosa informou que a Celg, distribuidora de energia de Goiás, pagou estes dias a fatura pelo fornecimento de energia referente ao mês de janeiro, depois de passar cerca de 2 anos devendo aos fornecedores. Eletrobrás, Furnas, Itaipu e Celg discutem agora como será feita a repactuação dos débitos do passado. ?O primeiro passo foi estancar o crescimento da dívida da Celg. Agora vamos resolver o resto?, disse. O modelo utilizado para a renegociação da companhia goiana será repetido com outros devedores, com CEB, do Distrito Federal, e Cemat, do Mato Grosso.

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