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Eletrobrás está em situação difícil, afirma ministro

Fernando Coelho Filho, de Minas e Energia, afirma que estatal estava em vias de ser deslistada da Bolsa de Nova York por não haver apresentado balanços de 2014 e 2015

Por Lu Aiko Otta
Atualização:

BRASÍLIA - A Eletrobrás teve perda próxima a “duas dezenas de bilhões de reais” com sua participação nas usinas hidrelétricas de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte. É o que escreveu o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, em carta enviada aos deputados para explicar a proposta de privatização da estatal.

No longo documento, o ministro descreve a difícil situação em que encontrou a empresa, as providências tomadas para contorná-la e informa que, mesmo assim, persistem problemas graves que acabam pesando sobre os contribuintes.

Palácio do Planalto informa que a operação com a estatal de energia injetará "expressivos recursos" no Tesouro Nacional. Fontes calculam que a venda da empresa possa render R$ 17 bilhões aos cofres da União. Foto: Wilton Junior|Estadão

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O ministro diz que, em maio de 2016, a Eletrobrás estava em vias de ser deslistada da Bolsa de Nova York por não haver apresentado balanços de 2014 e 2015. Em três anos, a empresa havia acumulado prejuízo de R$ 34 bilhões e perdera 40% de seu patrimônio líquido.

A nova gestão da estatal, contou o ministro, elaborou um relatório que aponta algumas causas principais para a situação. A holding e suas controladas administram participações em 170 Sociedades de Propósito Específico (SPEs) “com taxas de retorno inferiores ao custo de capital próprio da Eletrobrás.”

++ Ineficiência faz Eletrobrás desperdiçar R$ 85 bi em 15 anos

Além disso, a companhia acumulava dívidas equivalente a nove vezes seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações).

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