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Eletrobrás faz planos para atuação direta no exterior

O Congresso Nacional estuda um projeto de lei que permitirá a participação da empresa na venda de serviços de engenharia, consultoria e formação de empresas mistas no exterior

Por Agencia Estado
Atualização:

O grupo Eletrobrás prevê a consolidação da sua internacionalização por meio de investimentos diretos em países onde suas filiais já desenvolvem projetos. A afirmação foi feita nesta quinta-feira pelo presidente do grupo, Aloísio Vasconcelos. "Esperamos que até o fim deste ano seja aprovada no Congresso uma nova lei, que permite a internacionalização de Eletrobrás", disse Vasconcelos durante o Primeiro Fórum Regional do Conselho Mundial de Energia, que começou nesta quinta-feira no Rio de Janeiro. A Eletrobrás é uma estatal, mas parte de suas ações é negociada nas bolsas de valores de Madri, Buenos Aires, Nova York e São Paulo. O Congresso Nacional estuda um projeto de lei que permitirá a participação da empresa na venda de serviços de engenharia, consultoria e formação de empresas mistas no exterior. Atuação A estatal, que responde por 65% da eletricidade consumida no Brasil, já atua também em El Salvador, Namíbia e Angola. Atualmente negocia grandes investimentos em eletricidade na Argentina, Chile, México e América Central, além da indústria do gás natural na Bolívia, disse Vasconcelos. "Precisamos da nova lei para permitir a nossa atuação no exterior, que hoje enfrenta restrições e só é possível através de nossas subsidiárias", explicou o presidente da companhia. No Brasil, a Eletrobrás controla filiais de geração e transmissão em várias regiões do País. Também controla a Eletronuclear, que opera dois reatores nucleares. Investimentos O programa de investimentos do grupo para 2006 é de US$ 5 bilhões em geração e transmissão, disse Vasconcelos. Ele admitiu que há dificuldades para elevar esse número devido às restrições ambientais. Um dos principais projetos é a construção de duas centrais hidrelétricas na bacia do rio Madeira, na Amazônia ocidental do Brasil, perto da fronteira com o Peru e a Bolívia. Estas centrais, que deverão ficar prontas nos próximos cinco ou seis anos, gerarão 6.400 megawatts e permitirão completar a interconexão das redes de transmissão em todo o Brasil.

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