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Eletrobrás vai estudar financiamento energético na Espanha

Segundo o diretor financeiro da empresa, José Drumond Saraiva, será realizada uma "ampla pesquisa internacional", na qual a Espanha terá um destaque maior

Por Agencia Estado
Atualização:

A Eletrobrás formou um grupo de trabalho que vai estudar na Espanha a estrutura de financiamento de projetos voltados ao setor elétrico existentes no país. Segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobrás, José Drumond Saraiva, será realizada uma "ampla pesquisa internacional", na qual a Espanha terá um destaque maior. Drumond evitou citar os motivos que levaram a Eletrobrás a eleger o país com foco dessas pesquisas. Nos últimos leilões de transmissão de energia realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as empresas espanholas têm arrematado a maior parte dos lotes ofertados, oferecendo deságios de até 50% para a tarifa a ser cobrada do consumidor. Segundo especialistas, essa possibilidade de reduzir o preço da tarifa se deve a uma estrutura diferenciada oferecida pelos organismos financiadores na Espanha. "Queremos acompanhar de perto qual é esse modelo, visando a melhorar nossa performance nos próximos leilões", admitiu o diretor em entrevista coletiva após participar do lançamento do livro Séries 2006 - Séries Econômico-Financeiras das Empresas do Setor de Energia Elétrica, ocorrido nesta segunda-feira pela manhã no Rio. Ainda segundo o diretor, a estatal pretende voltar a ser financiadora de projetos para o setor elétrico. "Queremos melhorar o formato do financiamento, levando em consideração as características específicas da economia brasileira", disse. Indagado sobre a possibilidade de alteração nas regras que prevêem o limite de endividamento da empresa junto ao BNDES, Drumond apenas comentou que é uma "norma que não tem sentido", mas que não se pode ficar esperando que a alteração aconteça. Segundo ele, a empresa tem programados para investir este ano R$ 5,2 bilhões, sendo 40% em geração, 40% em distribuição e 20% em transmissão. No ano passado, estavam previstos R$ 4,5 bilhões, mas apenas R$ 3 bilhões foram efetivamente aplicados.

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