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Eletroeletrônico deve vender 10% mais neste Natal

Eletrodomésticos, principalmente da linha branca, vão puxar as vendas, com até 20% mais do que em 2006

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Por Márcia De Chiara
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A venda de produtos eletroeletrônicos, puxada pelos eletrodomésticos de grande porte, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar, deverá crescer no último trimestre 10% ante o mesmo período de 2006, calcula a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). "O crescimento deverá ser mais expressivo na linha branca, que inclui geladeiras, fogões e máquinas de lavar", prevê o presidente da entidade, Lourival Kiçula. Ele projeta vendas 20% maiores para os eletrodomésticos da linha branca no último trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2006. Dados de mercado apontam que esse segmento da indústria trabalha hoje com nível de uso da capacidade instalada elevado, seguindo a média de 86,1%, apurada pela FGV. De olho no potencial de consumo, duas gigantes do setor de linha branca, a americana Whirlpool e a mexicana Mabe, acabam de renovar a linha de eletrodomésticos. A investida ocorre dez anos após o último boom de vendas, que foi em 1996, logo depois do início do Plano Real. Naquele ano, a indústria vendeu, por exemplo, 4 milhões de geladeiras. De lá para cá o mercado andou de lado, enfrentando a forte concorrência dos aparelhos de imagem e som. Com isso, as vendas giraram em torno de 3,5 milhões de unidades. A reação começou em 2006, com a comercialização de 4,2 milhões de refrigeradores, e deve se consolidar neste ano, que tem perspectiva de chegar a 4,8 milhões de aparelhos, um recorde. No primeiro semestre, as vendas de refrigeradores cresceram 24,6% em número de unidades, na comparação com o mesmo período de 2006, segundo a Eletros. "A geladeira mudou. Não é mais aquela caixa branca sem apelo estético", afirma Patrício Mendizabal, presidente da Mabe para o Mercosul, dona das marcas GE e Dako. Segundo ele, a geladeira hoje tem sexy appeal, no sentido de se tornar atraente aos olhos do consumidor. "Estamos lançando uma geladeira de churrasco", define Mendizabal o refrigerador batizado de Beer Center, com porta de vidro e voltada para o resfriamento de bebidas. A Mabe investiu R$ 35 milhões na reformulação total do conceito de produtos. A Whirlpool não revela os investimentos na renovação da linha de refrigeradores da marca Brastemp, que reúne cerca de 25 modelos, muito menos em quanto pretende ampliar as vendas. Jerome Cadier, diretor de Marketing da marca, diz que a companhia gasta anualmente entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões por ano em marketing e desenvolvimento das marcas. Ressalta que é o maior movimento de lançamentos em três anos. Uma das novidades é o eletrodoméstico flex que pode desempenhar tanto a função de freezer como de geladeira. Outro diferencial é o compartimento que permite retirar a lata de cerveja sem precisar abrir a porta.

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