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Eletroeletrônicos: preços pressionados pelo dólar

Indústria de eletroeletrônicos quer reajustar os preços com a justificativa de que a alta do dólar tem elevados os custos.

Por Agencia Estado
Atualização:

As pressões da indústria para aumentar preços nas negociações com o comércio de eletroeletrônicos e de vestuário devem se intensificar a partir deste mês. Fabricantes do setor de eletroeletrônicos têm deixado claro que devido ao impacto da alta do dólar em seus custos vão ser obrigados a corrigir preços. A Philips, por exemplo, acenou com a possibilidade de reajustes de até 8%. A seu favor a indústria conta também com uma demanda aquecida e com o aumento das encomendas, em abril, para o Dia das Mães. A Loja Cem, com um aumento de 25% nas vendas de fevereiro em relação a idêntico período em 2000, negociou esta semana com a maior parte de seus fornecedores a manutenção dos preços de fevereiro em março. A tentativa de repasse dos aumentos de custo por parte da indústria, de acordo com a o diretor da Cem, Natale Dalla Vecchia, está mais forte do que no mesmo período do ano passado. "Mas só vamos discutir aumentos em abril", diz. Uma grande rede de varejo, com alto poder de negociação com a indústria, pelos volumes adquiridos, também garante que não há espaço para repasses. "Os fornecedores estão sondando, se queixando do aumento de custos, mas temos resistido às pressões", diz um representante da rede. Há até casos, segundo ele, de promoções e descontos nas linhas que vendem menos, dependendo do fornecedor. Outro representante de uma grande loja de eletroeletrônicos diz que a indústria está trabalhando com uma produção acima da demanda e por isto o comércio tem mais folga para negociar. "Os fabricantes não reduzem a produção para não perderem participação de mercado", diz este lojista.

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