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Eletropaulo vê reversão de condenação e não provisiona R$1,3 bi

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Por Redação
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A Eletropaulo decidiu não provisionar no seu balanço 1,3 bilhão de reais que foi condenada a pagar à Eletrobras pela Justiça do Rio de Janeiro até que sejam esgotadas as possibilidades de reversão da medida, disse o presidente da companhia, Britaldo Soares, em teleconferência com analistas. Segundo ele, a decisão da 5a Vara Civil do Rio de Janeiro não representa qualquer impacto nos resultados da empresa e a visão jurídica é que a condenação será revertida. "A Eletropaulo vai apresentar os recursos necessários visando suspender essa decisão. A divulgação não representa qualquer impacto nos resultados da Eletropaulo", disse ele. "A questão de provisionamento só ocorre se a decisão não for revertida. Não vemos qualquer impacto neste ano." A decisão da Justiça determina que a Eletropaulo é "integralmente responsável pelo pagamento à Eletrobras da diferença de correção de saldo" de um contrato de financiamento para iluminação pública da cidade de São Paulo, assinado em 1986. Na época, a Eletropaulo era controlada pelo governo do Estado de São Paulo. A disputa sobre a responsabilidade de pagamento à Eletrobras envolvia também a Cteep. Questionado sobre como a empresa faria para pagar essa dívida, Soares afirmou que ainda é muito cedo para falar sobre financiamento. "Essa decisão, na nossa visão jurídica, é uma decisão que não guardou qualquer consideração em relação a decisão anterior do Superior Tribunal de Justiça a respeito da necessidade de provas mais detalhadas. E com base em todas as discussões que tivemos, acreditamos ser muito provável a reversão dessa decisão." Para o vice-presidente de assuntos legais da empresa, Pedro Bueno, a decisão da Justiça do Rio de Janeiro "atropelou a fase pericial" da investigação. "A fase pericial, com essa decisão, foi atropelada. Havia pedido de perícia em 2009, depois em 2011. Cteep e Eletropaulo vinham solicitando prosseguimento de perícia." "Estamos trabalhando os recursos e eles serão propostos com o objetivo de reverter essa decisão. Com certeza, temos sólidos argumentos para derrubar essa decisão", completou Bueno. (Por Roberta Vilas Boas)

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