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Eletros diz que há condições para BC reduzir os juros

Por Agencia Estado
Atualização:

O setor eletroeletrônico, que enfrenta queda de vendas desde 2000, precisa que o governo priorize a produção e a retomada do consumo, via queda de juros e aumento da oferta de crédito, para sobreviver e fechar o ano pelo menos nos mesmos níveis de 2002, afirmou Paulo Saab, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). Para Saab, há condições macroeconômicas para o Banco Central (BC) cortar os juros básicos já na reunião da próxima semana, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se para reavaliar a Selic, a taxa básica de juros da economia. Alcançar os 31 milhões de unidades vendidas não será fácil, diz ele, uma vez que de janeiro a abril as vendas ficaram 14,7% menores do que no mesmo período do ano passado. "Para mudar a situação atual primeiro é preciso haver uma mudança de orientação do governo, ter uma vocação política para incentivar a produção e o consumo", disse. Para ele, o BC tem combatido erradamente a inflação, usando a taxa de juros para combater inflação de custo, não de demanda. Na opinião de Saab, as medidas a serem tomadas para reestimular o consumo e reativar a produção industrial do setor são o corte dos juros básicos, a diminuição do compulsório bancário, restrição do spread e, no médio prazo, aprovação da reforma tributária e fiscal. "Temos que encontrar um ponto em que a produção não seja contida, desestimulada", afirmou. No ano passado, o setor vendeu 31 milhões de unidades, ante 47 milhões de 1996, auge desde o início do Plano Real. Na estimativa dele, as vendas deveriam ter se estabilizado em torno de 35 milhões de unidades/ano, como em 2000.

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