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Eletros quer substituir geladeiras para 'poupar' energia

Por Carolina Ruhman
Atualização:

A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) apresentou hoje ao governo um programa de substituição de geladeiras antigas, visando reduzir o consumo de energia no País. De acordo com a entidade, as geladeiras atuais consomem 40% menos energia do que as fabricadas há cinco anos. A Eletros acredita que se este programa for implantado, ele aumentará a disponibilidade energética para o sistema elétrico nacional. A previsão da Eletros é que o programa deve substituir 5 milhões de refrigeradores em cinco anos. A Eletros estima que há 10,8 milhões de geladeiras com mais de dez anos de uso no País e a troca destes aparelhos permitiria uma economia de energia equivalente à geração de uma turbina da hidrelétrica de Itaipu. Para se ter uma idéia, a Usina de Itaipu possui 20 turbinas, cada uma com a potência instalada de 700 megawatt (MW). A proposta será discutida com os ministérios do Desenvolvimento Indústria e Comércio e do Meio Ambiente, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), informou a entidade. Segundo a entidade, o programa deverá contar com bônus nas revendas para estimular os consumidores a entregarem a geladeira velha em troca da nova. A Eletros quer a atuação do BNDES no projeto, por meio do financiamento ao consumidor e da viabilização dos custos de recolhimento dos produtos usados e sua reciclagem. "O que a indústria eletroeletrônica propõe é um programa de eficiência energética que estimule a substituição das geladeiras antigas, visando a redução do consumo de energia no País", afirmou o presidente da Eletros, Lourival Kiçula, em comunicado enviado à imprensa. O projeto segue o molde de programas já realizados em países como México, Colômbia, Itália e Cuba, e difere do programa já em prática hoje pelas concessionárias de energia, de entrega de novas geladeiras à população de baixa renda.

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