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Em 13 horas, Ministério da Economia dá versões desencontradas sobre nova liberação do FGTS

Após indas e vindas, Waldery Rodrigues, secretário especial da Fazenda, disse que medida ainda está sendo analisada pela equipe de governo

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Por Redação
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BRASÍLIA - Vai ter uma nova rodada de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como resposta à crise provocada pelo avanço do novo coronavírus? Em 13 horas, o Ministério da Economia afirmou que a medida está em estudo, negou e voltou a dizer que sim.

Waldery Rodrigues não disse qual valor poderá ser liberado pelo governo, mas garantiu que a diretriz é preservar a sustentabilidadedo fundo. Foto: José Cruz/ Agência Brasil

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Na última quinta-feira, 12, às 20h38, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, admitiu que o grupo estuda uma nova liberação imediata de parte do FGTS para os trabalhadores.

No ano passado, os cotistas puderam retirar R$ 500 de cada uma de suas contas - ou até um salário mínimo caso o saldo estivesse dentro desse valor. Waldery não disse qual valor poderia ser liberado, mas garantiu que a diretriz é preservar a sustentabilidade do fundo, que serve de fonte de financiamento para crédito no setor imobiliário."É sim uma medida que estamos analisando, respeitando a sustentabilidade do fundo e o dinheiro dos cotistas", disse Waldery a jornalistas.

No entanto, às 22h22, o Ministério da Economia afirmou, em nota, que "não está sendo estudado um novo saque imediato do FGTS".

Hoje, ao chegar ao Ministério da Economia, o ministro Paulo Guedes, às 9h47, contradisse a assessoria de comunicação da pasta e não descartou a possibilidade de novas liberações do FGTS. Questionado sobre a possibilidade, Guedes afirmou: "estamos examinando isso tudo", mas não deu mais detalhes sobre o assunto.

As declarações de Paulo Guedes aconteceram antes de reunião com os presidentes do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Na última quarta-feira, 11, o ministro já havia dito que os bancos públicos aumentariam a oferta de crédito para combater os efeitos do coronavírus na economia.