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Em 2006, Perdigão recusou oferta de compra hostil

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Por Redação
Atualização:

Há dois anos e meio, o cenário do setor de alimentos nacional era completamente diferente do atual. As empresas registravam um crescimento acelerado e a ordem vigente era a busca por aquisições. Foi nesse ambiente que a Sadia fez uma oferta considerada, no mínimo, ousada: comprar o controle da Perdigão. O negócio poderia chegar a R$ 3,7 bilhões, se todas as ações da Perdigão fossem adquiridas. A lógica por trás da oferta da Sadia era criar uma empresa grande o suficiente no setor de alimentos para conseguir competir no mercado mundial com gigantes como a americana Tyson Foods. Foi a primeira tentativa de compra hostil de uma empresa no País - a compra hostil ocorre quando a oferta é feita diretamente aos acionistas na Bolsa de Valores, sem negociações entre as direções das empresas. A tentativa não foi adiante. A proposta foi recusada pelos acionistas da Perdigão, liderados pela Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. À época, um bloco formado por seis fundos de pensão controlava 57% da empresa. Depois disso, a Perdigão foi às compras, até como forma de ganhar musculatura e se defender de novas ofertas hostis. Adquiriu grupos como Batavo e Eleva, entrando no mercado de lácteos, superou a Sadia em valor de mercado na Bolsa de Valores e hoje está em uma situação financeira bem melhor que a rival.

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