
31 de maio de 2011 | 08h47
"A média foi de 7,5 milhões de novos crediaristas a cada ano", diz o economista-chefe da ACSP, Marcel Solimeo. Mas ele pondera que o maior ingresso de novos adeptos do crediário ocorreu em 2007 e 2008, antes da crise financeira. Em 2010, ingressaram cerca de 6 milhões de consumidores no mercado de crédito. Para este ano, ele acredita que esse número seja bem menor, mas nada desprezível: entre 2 milhões e 3 milhões de pessoas.
A entrada de novos consumidores, fruto da ascensão social das classes de menor poder aquisitivo que ocorreu no País, combinada com o desemprego em níveis historicamente baixos e prazos ainda longos, deve fazer com que o crédito ao consumidor com recursos livres cresça neste ano 18%, nas projeções de Solimeo. Essa taxa está acima da pretendida pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, de 15%. Mas é menor que a registrada em 2010 (28,9%).
"A desaceleração do crédito ao consumo com recursos livres é lenta, porque a política de restrição ao consumo do BC tem sido gradativa", ressalta. Uma boa parte desses novos consumidores comprou o carro zero-quilômetro pela primeira vez. Dados do mercado automotivo mostram que, no ano passado, 435.400 brasileiros adquiriram pela primeira vez um carro zero. Esse volume representou 13,08% do total de automóveis e veículos comerciais leves comercializados em 2010.
De acordo com analistas do setor automotivo, 70% dos carros zero-quilômetro são adquiridos por meio de financiamentos. E, apesar da elevação das taxas de juros, os prazos continuam camaradas. Em feirões realizados nos fins de semana é possível encontrar veículos novos vendidos em 60 meses, sem entrada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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