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Em cúpula, Gabrielli defende revisão da lei de petróleo

Para o presidente da Petrobras, legislação atual é insuficiente para atrair investimentos em áreas de risco

Por Jamil Chade e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

O presidente do Petrobras, Sergio Gabrielli, defendeu nesta quarta-feira, 2, em coletiva concedida durante o 19º World Petroleum Conference (WTC), em Madri, a revisão da lei brasileira de petróleo. Segundo o executivo, a atual legislação é insuficiente para atrair investimentos em áreas de grandes riscos. "Agora os riscos são baixos", afirmou. Veja também: A história e os números da Petrobras A exploração de petróleo no Brasil  A maior jazida de petróleo do País  Para Gabrielli, existe solução para amenizar o elevado preço do petróleo e o Brasil tem adotado algumas medidas nesse sentido. Ele lembrou que o consumidor brasileiro é o único do mundo que pode escolher entre gasolina e etanol. Além disso, a Petrobras não tem repassado totalmente a alta dos preços internacionais para os derivados, gasolina e diesel. "Existe vacina contra a alta do petróleo", afirmou. Boa parte da responsabilidade pela elevação dos preços da commodity, segundo Gabrielli, pode ser creditada às limitações na exploração. "Petróleo no mundo existe, o que é preciso é ter acesso às reservas", disse. Ele citou como exemplo dessas limitações as restrições legais para exploração de reservas nos Estados Unidos e a dificuldade de acesso a países que estão em guerra e com muita instabilidade política. Plano de investimentos A Petrobras deverá apresentar um novo plano de investimentos para os próximos cinco anos em agosto ou setembro, segundo Gabrielli. O executivo afirmou que a companhia está revisando 25 projetos a serem incluídos no plano de investimentos. A estatal havia informado anteriormente que o novo plano pela primeira vez incluirá projetos na promissora área do pré-sal, onde foram feitas recentemente grandes descobertas de reservas. Gabrielli não comentou, porém, a idéia do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, de criar uma nova empresa, 100% estatal, para garantir que os lucros da área do pré-sal permaneçam no Brasil. As informações são da Dow Jones. (com Hélio Barboza, da Agência Estado)

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