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Em dia de fraco volume e sem BC, dólar cai pela 3a sessão

Por JOSÉ DE CASTRO
Atualização:

O dólar fechou em queda ante o real pelo terceiro dia consecutivo nesta quarta-feira, após mostrar volatilidade ao longo da sessão que teve a ausência da atuação do Banco Central no mercado à vista. Em meio a um fraco volume de negócios, a moeda norte-americana recuou 0,12 por cento, a 1,696 real na venda, ampliando a desvalorização desde sexta-feira a 1,11 por cento. "Estamos acompanhando o mercado internacional (de moedas), que também está sem rumo. Sem notícias relevantes, o mercado não tem força para ir para qualquer lado", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. "O volume está bem fraco, já que tem muitos players fora do mercado. Que mudança a gente poderia ter daqui para o final do ano? Quase nenhuma, e sendo assim o dólar deve continuar nos próximos dias 'enrolado' nessa faixa de 1,70 real", completou. De acordo com dados parciais da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, até o fechamento das operações locais haviam sido negociados cerca de 861 milhões de dólares. Para efeito comparativo, o giro na última quarta-feira chegou a cerca de 2,691 bilhões de dólares, ao passo que a média do mês soma em torno de 3,198 bilhões de dólares. Diante da reduzida liquidez, o Banco Central deixou de realizar o tradicional leilão de compra de dólares no mercado à vista, o que não ocorria desde o feriado da Revolução Constitucionalista, em 9 de julho, outro dia de fraco volume de operações. Segundo o operador de câmbio de um banco paulista, que pediu anonimato, a ausência do BC não é surpresa devido ao baixo volume de operações. Não houve negócios, tampouco, na roda de dólar pronto da BM&FBovespa. A bolsa emitiu comunicado no qual afirmou que não haveria nesta quarta-feira operações com liquidação em dois dias (D+2). No exterior, investidores também demonstravam pouca disposição em montar grandes apostas, conforme o final do ano se aproxima. A moeda norte-americana tinha oscilação positiva de 0,06 por cento ante uma cesta de divisas, em novo dia de fraqueza do euro por temores com uma crise de dívida no continente.

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