PUBLICIDADE

Em dia de leilões, Bolsa chega ao quinto pregão seguido em queda

Ibovespa tem desvalorização de 0,70%, aos 73.796,70 pontos; índice ainda acumula alta de 4,18% em setembro e de 22,53% em 2017

Por Renato Carvalho
Atualização:

O Ibovespa, índice que reúne as principais ações da Bolsa, fechou no vermelho nesta quarta-feira, 27, pelo quinto pregão seguido. A sequência negativa ainda reflete o movimento de ajuste por conta de preocupações em relação ao cenário político e ao andamento das reformas. Assim, o indicador registrou desvalorização de 0,70%, aos 73.796,70 pontos. Em setembro, no entanto, o Ibovespa ainda acumula alta de 4,18%, e em 2017, avanço de 22,53%. 

O dia foi marcado por leilões realizados pelo governo de áreas de petróleo e gás e de usinas hidrelétricas. Operadores destacam o receio de que a insatisfação dos deputados mineiros após o leilão de usinas da Cemig pela União possa complicar a situação do presidente Michel Temer, com a chegada ao Congresso da segunda denúncia feita pela Procuradoria Geral da República.

Apesar da sequência de cinco pregões no vermelho, o Ibovespa aindaacumula alta de 4,18% em setembro, e em 2017, avanço de 22,53%. Foto: Paulo Whitaker/Reuters

PUBLICIDADE

++Em disputa com governo, Infraero fará 50 licitações em 23 aeroportos

Na contramão da percepção do mercado, o presidente Michel Temer usou as redes sociais para exaltar a realização do leilão das usinas da Cemig. "Nós resgatamos definitivamente a confiança do mundo no Brasil. Leilão das usinas da Cemig rendeu R$12,13 bi, acima da expectativa do mercado", escreveu o presidente. Ao longo dos últimos meses, analistas consideraram otimista a previsão de R$ 11 bilhões no leilão das quatro usinas.

Ações. Entre as maiores baixas ficaram principalmente ações que registraram ganhos recentes, como Eletrobrás e Usiminas. As ações da estatal do setor elétrico caíram 2,88% (ON) e 4,52% (PNB).

Além da piora na percepção sobre o cenário político após o leilão de usinas da Cemig, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, confirmou informação publicada na semana passada pelo Estadão/Broadcast de que a privatização das distribuidoras da Eletrobrás deve ficar para o primeiro trimestre do ano que vem.

Outro ponto lembrado pelos analistas é a forte valorização acumulada pelas ações neste mês, com o mercado precificando o fortalecimento político do governo Temer. Agora, com a reversão dessa percepção, alguns investidores estão ajustando suas posições, segundo profissionais do mercado. //COM INFORMAÇÕES DA REUTERS

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.