31 de outubro de 2010 | 08h32
O fenômeno provocou dois efeitos: aumentou o poder de compra da população, mas elevou os custos das indústrias. "Os salários subiram de maneira espantosa em dólares. É claro que tem efeito na competitividade das empresas", diz José Pastore, professor da Universidade de São Paulo (USP).
Graças ao câmbio forte, os brasileiros têm acesso a mais produtos importados, como carros e celulares de última geração. As importações de bens de consumo cresceram 50% de janeiro a setembro, absorvidas por uma população que tem mais dinheiro no bolso. Os economistas preveem expansão de 7% da massa de salários este ano.
"Com o desemprego em seu nível mais baixo, o poder de barganha dos trabalhadores aumentou", ressalta Fábio Romão, economista da LCA Consultores. Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 2010 será o ano com recorde de reajustes salariais de mais de 5% acima da inflação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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