Em nota oficial conjunta, o presidente Michel Temer e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), fizeram um apelo nesta terça-feira, 29, para que os caminhoneiros retornem ao trabalho. No texto, eles reiteraram que vão cumprir o acordo com os manifestantes "no menor tempo possível". Os três estiveram reunidos por cerca de 40 minutos hoje antes do documento ser divulgado.
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"Neste momento, os Poderes Executivo e Legislativo estão unidos na defesa dos interesses nacionais. Assumem o compromisso de aprovar e colocar em prática, no menor tempo possível, todos os itens do acordo", diz trecho da nota.
Durante as negociações com os caminhoneiros, o presidente Temer editou três Medidas Provisórias para atender à categoria dos caminhoneiros. As MP's têm vigência imediata, mas precisarão ser aprovadas pelo Congresso para não perder a validade. Além disso, será preciso aprovar o projeto da reoneração da folha de pagamento no Senado, que já foi aprovado na semana passada pela Câmara, para ser possível compensar a eliminação da Cide que recai sobre o preço do diesel.
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Na nota, os chefes afirmam que "há necessidade indispensável" de abastecer todos os setores da economia nacional, destacando os setores da alimentação, medicamentos e combustíveis.
"Em face do acordo firmado para por fim à greve dos caminhoneiros, que tiveram as suas reivindicações acolhidas, os presidentes da República, Michel Temer, do Senado Federal, Eunício Oliveira, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, conclamam todos os envolvidos nas manifestações a retornarem ao trabalho e propiciar normalidade à vida de todos os brasileiros."
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Os chefes do Executivo e do Legislativo afirmaram que "é importante ainda evitar que, tendo alcançado seus objetivos, esse movimento venha a ser usado com objetivos políticos. Temos certeza de que o desejo de toda família brasileira é garantir a normalidade do abastecimento e assegurar a retomada da economia".
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O governo já acionou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para investigar e separar possíveis infiltrados políticos das manifestações dos caminhoneiros.
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Mais cedo, houve mal estar entre Maia e o governo. O presidente da Câmara criticou o fato do governo federal não ter enviado nenhum ministro para participar da comissão geral do Congresso para discutir a questão dos preços dos combustíveis no Brasil.
"Estamos prontos para discutir o tamanho do Estado brasileiro. Só que ele (ministro da Fazenda, Eduardo Guardia) não vem hoje para discutir a questão do petróleo. É muito fácil ficar no gabinete dele e não vir aqui discutir. Aliás, não veio nenhum dos ministros do governo. O governo talvez não esteja com a dimensão do tamanho da crise que o Brasil vive", disse Maia pela manhã.
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