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Em nova rodada de negociações, governo quer conter alta do álcool

Por Agencia Estado
Atualização:

Integrantes do governo reúnem-se novamente hoje, no Ministério da Fazenda, para nova rodada de discussões sobre formas de o governo amenizar a alta no preço do álcool e da gasolina. Entre as medidas em estudo pelo governo está a redução do tributo sobre combustíveis, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), dentro do pacote de medidas para regularizar o abastecimento de álcool e evitar aumentos exagerados nos preços durante a entressafra, que vai até o fim de abril. O corte na Cide abriria espaço para reduzir de 25% para 20% a mistura de álcool na gasolina sem prejudicar os consumidores. Ao diminuir a mistura de 25% para 20%, sobrariam 100 milhões de litros de álcool para abastecer o mercado, o que seria benéfico para o consumidor. O problema é que, com menos álcool na mistura, há risco de o preço final da gasolina subir - porque a gasolina é mais cara que o álcool. Por isso, os técnicos avaliam a possibilidade de cortar a Cide, de forma a compensar o efeito e, dessa forma, não prejudicar o consumidor de gasolina. Em cada litro de gasolina, o consumidor paga R$ 0,28 referente à Cide. Essa é uma das alternativas que será discutida. Estoques O diretor do Departamento de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura, Angelo Bressan, informou hoje que o estoque de álcool no Brasil é superior a 4 bilhões de litros, o que, segundo ele, mostra que não há risco de desabastecimento do produto. "Temos um bom estoque. O problema é de preço", afirmou Bressan, que já chegou ao Ministério da Fazenda. Ele explicou que os estoques são suficientes para garantir o abastecimento até a próxima safra, que se inicia em abril. "Não há risco de desabastecimento", afirmou. Proposta aos usineiros O governo também vai propor aos usineiros que reduzam o preço do litro do álcool anidro na usina para R$ 1,00 no período de entressafra. O preço do produto está em R$ 1,09, desde o último reajuste, ocorrido na semana passada. O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Nelson Hubner, disse que o preço de R$ 1,00 por litro na entressafra foi acertado entre os usineiros e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. "A gente acha que pode haver simplesmente uma negociação e ser mantido o acordo que já fizeram com o presidente em 2003. Não tem necessidade de fazer nenhuma modificação", disse Hubner, ao chegar ao Ministério da Fazenda.

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