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Em NY, Merck critica discussão sobre patentes

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da companhia farmacêutica Merck & Co., Raymond Gilmartin, disse, na tarde desta quinta-feira, durante a entrevista de abertura do Fórum Econômico Mundial, que é preciso sair da discussão de quebra de patentes e de redução de preços de medicamentos na adoção de programas eficientes de combates a doenças como Aids e malária. Ele disse que o enfoque das soluções é o envolvimento de todos os setores da sociedade, mais do que um programa definido unicamente por governos. É necessário viabilizar parcerias verdadeiras entre empresas privadas, fundações internacionais e governos de países para tratar doenças como malária e Aids, defendeu. É preciso evitar, segundo ele, as discussões sobre direitos de propriedades intelectuais e de redução de preços de medicamentos, pois essas questões não necessariamente garantem o acesso às drogas. O que garante acesso aos medicamentos, afirmou Gilmartin, é a capacidade de os vários agentes envolvidos se unirem para disponibilizarem o tratamento amplo para as pessoas, disse Gilmartin, respondendo à pergunta da Agência Estado. Ao mesmo tempo que admitiu que o governo brasileiro tem sido merecidamente reconhecido pelos seus esforços de combate à Aids e distribuição de medicamentos, o presidente da Merck ressaltou que a companhia participa de um mercado competitivo, no qual, segundo ele, a Merck é bem-sucedida. No tocante de estender os recursos e infra-estrutura de apoio aos que sofrem da doença ou que estão contaminados com o vírus da Aids, a Merck está envolvida em discussões com a Organização Mundial da Saúde (OMS) "para colaborarmos juntamente com outros fabricantes de medicamentos", disse Gilmartin. "Tentamos garantir que as nossas drogas fiquem disponíveis em países em desenvolvimentos a preços que não nos trariam lucros", afirmou ele. Além dessa colaboração com a OMS, ele informou que a Merck também tem uma parceria com a Fundação Gates e com o governo da Botswuana, na África, para tratar a Aids dentro de um programa verdadeiramente amplo, que inclua a prevenção, infecção e o tratamento com medicamentos. Segundo Gilmartin, era a esse tipo de programa amplo e não apenas à distribuição de medicamentos que ele queria referir-se quando falou da necessidade de tornar as drogas de combate à Aids acessíveis a países que não contam com recursos ou infra-estrutura para tratar os infectados. "É preciso adotar parcerias verdadeiras entre empresas do setor privado, fundações privadas e governos para montar programas conjuntos para tratar doenças como malária e Aids", afirmou.

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