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Em recuperação judicial, OAS troca comando

A família Mata Pires, dona da empresa, decidiu substituir o engenheiro Elmar Varjão na presidência, posto que ocupava desde o fim de 2014

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Por Renata Agostini
Atualização:

Ainda lutando para cumprir seu plano de recuperação judicial, o grupo baiano OAS mudou de comando. A família Mata Pires, dona da empresa, decidiu substituir o engenheiro Elmar Varjão na presidência, posto que ocupava desde o fim de 2014. O advogado Josedir Barreto, que era diretor jurídico e de relações com investidores, assumiu em seu lugar.

Para cumprir sua reestruturação, a OAS precisa transferir aos seus principais credores a fatia de 24,4% que possui na Invepar, empresa de concessões que administra o aeroporto de Guarulhos. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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A empresa vive um momento delicado. Para cumprir sua reestruturação, a OAS precisa transferir aos seus principais credores a fatia de 24,4% que possui na Invepar, empresa de concessões que administra o aeroporto de Guarulhos.

A operação foi barrada na Justiça por credores insatisfeitos com o acordo por anos. A companhia ganhou as ações judiciais sobre o caso, mas até hoje não conseguiu fazer a transferência, pois ainda aguarda a autorização do governo do Rio – a Invepar é concessionária do metrô carioca.

++ OAS se une a chineses para sobreviver

Sem a transferência, a OAS não pode honrar o plano aprovado pela Justiça e fica sem receber reforço financeiro. O plano de recuperação judicial prevê que, em caso de venda da Invepar pelos credores, a OAS ficará com 20% dos recursos.

A injeção financeira é importante para os planos da OAS de reerguer seu negócio. A empresa tem buscado parcerias com grupos asiáticos para conquistar obras, mas ainda sofre para ganhar contratos. Também tem encontrado dificuldade para encontrar interessados em comprar ativos que restaram, como estádios de futebol.

Tudo isso torna o futuro do grupo baiano ainda incerto. Antes de ser engolfada pela Lava Jato, o grupo tinha receitas de R$ 8 bilhões e 120 mil funcionários. Fechou 2017 com menos de R$ 2 bilhões em faturamento e 20 mil empregados, apurou o Estado.

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Procurada, a OAS confirmou a saída de Varjão, mas não quis explicar as motivações.

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