PUBLICIDADE

Publicidade

Em resposta a Kirchner, Lula destaca esforço pela integração

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, no lançamento da Comunidade Sul-Americana de Nações, em Cuzco, no Peru, que o Brasil não é um país rico, mas sabe da importância de sua participação política no processo de integração da América do Sul. A declaração, feita de improviso, foi interpretada por diplomatas presentes ao encontro como uma resposta ao presidente da Argentina, Nestor Kirchner, que havia dito a parlamentares peronistas que não participaria de encontros sem importância para o seu País. Oficialmente, Kirchner não compareceu à reunião por motivos de saúde. "Nós vamos continuar fazendo todo esforço que estiver ao nosso alcance, todas as conversas possíveis e necessárias e todas as viagens necessárias para que a integração sonhada por Bolívar definitivamente se concretize nos próximos anos no nosso continente", afirmou Lula. Projeto "ambicioso" Na parte não improvisada de seu discurso, o presidente brasileiro reconheceu que o projeto de criação da Comunidade Sul-Americana de Nações é "ambicioso". E destacou uma série de obras de infra-estrutura nas áreas de transporte e energia que estão sendo realizadas em parceria entre países do Hemisfério. "A Comunidade Sul-Americana de Nações não é um mega-exercício de retórica, é o empenho dos nossos países em diminuir as distâncias que nos separam", disse Lula. Dos 12 presidentes sul-americanos, outros três, além de Kirchner, não compareceram: o do Uruguai, Jorge Batle; do Paraguai, Nicanor Duarte Frutos; e do Equador, Lucio Gutierrez. Durante a solenidade, ele e o presidente peruano, Alejandro Toledo, assinaram um protocolo para a abertura, no início de 2005, de um processo de licitação das obras da rodovia interoceânica, que ligará a cidade de Assis Brasil, no Acre, a três cidades do litoral peruano, no Pacífico. Ao chegar ao Templo Qoricancha, para a solenidade, Lula evitou comentar assuntos relacionados à conjuntura brasileira. A uma pergunta sobre a pesquisa CNI/Ibope, segundo a qual, seu governo conta com a confiança de 63% da população, o presidente respondeu, sorridente, que não viu "pesquisa nenhuma".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.